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A ideia de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos – e não mais de quatro em quatro anos – volta a ser discutida nesta segunda-feira, durante um simpósio promovido pela Fifa com as 211 associações nacionais de futebol a ela afiliadas.
Não haverá uma votação, mas a ideia do presidente da Fifa, Gianni Infantino, é “chegar a um consenso” sobre a ideia, que é o principal ponto de um profundo plano de reformulação do calendário do futebol mundial.
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O principal porta-voz deste plano da Fifa é o francês Arsene Wenger, ex-técnico do Arsenal durante 22 anos e hoje diretor de desenvolvimento global da entidade. Em recente entrevista exclusiva ao ge, Wenger respondeu assim às críticas de que o aumento da frequência banalizaria a Copa do Mundo:
– Posso entender essas preocupações mas, honestamente, não acho que isso aconteceria. O prestígio de uma competição está ligado à sua qualidade, não à distância entre cada edição.
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A ideia sofre grande resistência por parte da Uefa e da Conmebol, as duas confederações continentais que venceram todos os 21 títulos da Copa do Mundo desde 1930 – a América do Sul tem nove, a Europa tem 12.
Os presidentes da Uefa, Aleksander Ceferin, e da Conmebol, Alejandro Domínguez, já deixaram claro para Infantino que não pretendem participar de uma Copa do Mundo a cada dois anos. Segundo o ge apurou, os presidentes destas entidades consideram a reunião desta segunda-feira “perda de tempo”.
Para mostrar que tal posição é mais do que retórica, Uefa e Conmebol resolveram abrir um escritório de negócios conjunto, com sede em Londres. A capital ingles também será palco de um jogo entre os atuais campeões da Euro e da Copa América (Itália e Argentina) a ser disputado em 1o de junho,
A “Finalíssima”, como a partida está sendo chamada internamente, é o primeiro fruto palpável de uma parceria que, segundo as duas confederações continentais, deve ser estendida para futebol feminino, futsal, beach soccer e categorias de base.
Na última semana, dirigentes da Uefa e da Conmebol vazaram detalhes de como poderia ser uma “Nations League” entre os dois continentes: as 10 seleções sul-americanas se juntariam ao torneio que a Uefa já organiza desde 2018. Os dirigentes, porém, não explicaram como funcionaria a logística ou a parte esportiva dessa competição.
Os dois lados dessa disputa também desferiram seus golpes de relações públicas nos últimos dias. A Uefa divulgou um estudo feito pela empresa Oliver & Ohlbaum que concluir que a mudança na periodicidade da Copa teria “sérios efeitos negativos” para o futebol e até para outros esportes.
A Fifa também publicou os resultados de uma pesquisa online segundo a qual a maioria dos torcedores prefere uma Copa do Mundo mais frequente.
Fonte: G1