Anúncios
Telefone público resiste ao tempo e ainda é alternativa de comunicação em pontos estratégicos da cidade
Em meio à popularização dos smartphones e dos aplicativos de mensagens instantâneas, Botucatu mantém 96 orelhões em funcionamento, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O número reforça a permanência dos tradicionais telefones públicos como opção de comunicação em áreas onde o sinal de celular é instável ou em situações de emergência.
Anúncios
Os aparelhos, que marcaram gerações desde os anos 1970, seguem instalados em vias públicas e locais estratégicos da cidade. Apesar da redução expressiva nos últimos anos, os orelhões ainda cumprem papel relevante em comunidades afastadas ou entre pessoas em situação de vulnerabilidade, que não possuem acesso contínuo a dispositivos móveis.
Segundo levantamento realizado pela Anatel, o estado de São Paulo conta com mais de 29 mil telefones públicos ativos. Na região centro-oeste paulista, Botucatu aparece logo atrás de Bauru, que possui 214 unidades, e Marília, com 199 terminais. Ourinhos completa a lista com 58 aparelhos ainda operacionais.
Anúncios
O número atual em Botucatu reflete mudanças nas diretrizes do Plano Geral de Metas para a Universalização (PGMU), que flexibilizou regras sobre a obrigatoriedade da instalação e manutenção desses equipamentos. Entre as alterações estão a extinção da exigência de um orelhão a cada 300 metros em áreas urbanas e a redução da cobertura mínima por habitante.
Ainda que em desuso para a maioria da população, os telefones públicos permanecem como parte da paisagem urbana e continuam funcionando de forma gratuita para chamadas locais, de acordo com normas estabelecidas pela concessionária responsável.
Em tempos de conexão digital constante, os orelhões resistem como símbolo de uma era em que a comunicação dependia do toque metálico das fichas ou do código 9090. E, em Botucatu, seguem à disposição de quem ainda precisa deles.
Com G1