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Manifestantes ligados à União Nacional Camponesa (UNC) ocuparam na manhã desta terça-feira (20) a Fazenda Esmeralda, propriedade que fica em Duartina (SP). Essa é a segunda invasão da fazenda registrada nesse ano.
As terras, com um longo histórico de ocupações por movimentos sociais que reivindicam ações de reforma agrária, pertence a uma empresa que tem como um dos sócios um amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer.
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Segundo a UNC, cerca de 220 pessoas já estão no local e mais cinco ônibus com manifestantes são esperados para reivindicar a desapropriação da fazenda para fins de reforma agrária. A Polícia Militar, que também foi ao local, estimou a presença de 80 pessoas.
A Fazenda Esmeralda pertence à empresa Argeplan, de arquitetura e engenharia, que tem como sócio majoritário João Batista Lima Filho, conhecido como Coronel Lima, que já foi assessor do presidente Michel Temer, de quem é amigo.
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O Coronel Lima e a empresa Argeplan já foram citados em investigações da Polícia Federal que apuram supostos pagamentos ilícitos para Temer nos anos 90.
A reportagem entrou em contato com a Argeplan e também do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), mas ainda não recebeu retorno.
Histórico de invasões
A fazenda tem um histórico de diversas invasões nos últimos anos. Em maio de 2016, cerca de mil integrantes do Movimento Sem-Terra (MST) ocuparam o local por quase uma semana.
Na época, segundo os integrantes, o objetivo da ocupação era “denunciar as conspirações golpistas de Temer, muitas vezes articuladas de dentro da propriedade”.
Menos de 10 dias depois dos integrantes do MST deixarem a fazenda, cerca de 900 pessoas da Frente Nacional de Lutas ocuparam as terras. A invasão começou no dia 23 de maio e dois dias depois, os integrantes da FNL deixaram a fazenda, após a Justiça conceder a reintegração de posse aos proprietários.
Já em julho de 2017, os manifestantes ocuparam o local por seis dias. Em nota, o MST afirmou que a invasão foi um protesto contra o presidente Michel Temer e a favor do combate à corrupção.
E março deste ano, cerca de 100 integrantes do MST ocuparam a fazenda durante 15 dias e só deixaram a propriedade após negociação com a PM para cumprimento de ordem de reintegração de posse.
Fonte: G1