Fátima Bernardes comenta polêmica causada por enquete do ‘Encontro’

Fátima conversou com o porta-voz da PM do Rio de Janeiro para discutir a polêmica (Reprodução/ Globo)

Fátima Bernardes abriu o programa “Encontro”, desta terça-feira (22), falando sobre a polêmica causada por um enquete realizada na atração na semana passada. A apresentadora recebeu o major Ivan Blaz, porta-voz da PM do Rio de Janeiro, para falar sobre os ataques que recebeu depois de questionar, durante o programa, quem um médico deveria atender primeiro em uma situação em um policial e um traficante chegassem ao hospital feridos, sendo o estado do bandido mais grave.

“Eu gostaria de esclarecer que a matéria mostrava um dilema ético, específico da área médica, que é o tema do filme ‘Sob Pressão’, que estava sendo lançado naquele dia. A enquete girava em torno da questão da ética médica. Me surpreendeu muito a repercussão, principalmente nas redes sociais, porque as pessoas reagiram como se o programa tivesse feito uma opção por um traficante em detrimento de um policial. Jamais nós usaríamos um espaço conquistado num programa que discute temas relevantes para o país para ficarmos ao lado de alguém que está fora da lei”, explicou Fátima Bernardes, que também deixou claro que por não ser médica, escolheria o policial, mesmo sem ter dado sua opinião no momento da enquete.

“Uma pessoa nas redes sociais perguntou o que eu faria se fosse um dos meus filhos e um traficante baleado, se eu escolheria o traficante também. É engraçado porque no dia da enquete eu nem dei a minha opinião. Mas quero deixar claro que entre o traficante e o policial, eu certamente escolheria o policial, mas faria isso porque não sou médica”, disse a apresentadora lembrando que é filha de militar.

Durante a entrevista, o policial Ivan Blaz defendeu Fátima Bernardes e explicou que a realidade do país agrava esse tipo de polêmica. “A sua carreira, o seu programa, que sempre abriu as portas para as forças policiais… Mas estamos vivendo um momento de grande pressão. Acho que a crise social, política e econômica que vivemos está levando tudo ao limite. É importante que saibamos separar as coisas. Mas não podemos perder o pé da realidade. Não é o ódio que vai transformar a nossa realidade”, disse ele.

Fonte: Yahoo!