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Uma farmacêutica de 35 anos foi detida nesta quinta-feira (8) suspeita de aplicar testes de Covid-19 de forma clandestina na casa dela, em Lins (SP).
De acordo com o delegado Wanderley Santos, as equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária da prefeitura foram até a casa depois de receberem uma denúncia.
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No local, os policiais encontraram uma mesa preparada “de forma muito rudimentar do ponto de vista higiênico-sanitário”, segundo a polícia, com guardanapos de papel, agulhas, reagente, testes rápidos de Covid e agulhas.
De acordo com o registro policial, a moradora disse à polícia que a irmã dela, que é veterinária, comprou os insumos de um laboratório e lhe deu alguns. Ela contou aos policiais que anunciou em um grupo de WhatsApp que estava fazendo testes de Covid por R$ 70 na casa dela ou do “cliente”.
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Apesar disso, a farmacêutica relatou à polícia que só chegou a aplicar o teste em um conhecido e que o resultado deu negativo. A Polícia Civil informou que a moradora não tinha autorização para realizar os testes e sabia que a prática era irregular.
Por isso, a mulher foi autuada em flagrante pelo crime previsto no artigo 268, que é “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”.
Os materiais encontrados na casa foram apreendidos e vão passar por perícia para verificar a autenticidade deles. Segundo o delegado, a farmacêutica poderá ser investigada por outros crimes, caso os produtos sejam falsificados.
O celular da farmacêutica também foi apreendido e ela foi liberada depois de prestar depoimento e assumir o compromisso de comparecer em juízo quando intimada.
Prática irregular
De acordo com o registro policial, os testes rápidos para detecção do novo coronavírus só podem ser realizados por hospitais, clínicas médicas, laboratórios e, excepcionalmente, por farmácias, segundo a legislação sanitária.
A exceção para a realização dos testes, segundo a polícia, “se daria somente para os casos onde órgãos federal, estadual ou municipal utilizariam esse método para diminuir a subnotificação de casos do novo coronavírus, oportunidade em que profissionais capacitados e autorizados iriam até as residências”.
Ainda de acordo com o B.O., “a realização de testes clandestinos de Covid-19 é extremamente prejudicial à saúde pública, vez que alimenta uma cifra oculta e paralela à oficial quando os testes não são comunicados à Autoridade Pública de Saúde, bem como proporciona que pessoas assintomáticas ou com sintomas leves não façam o necessário resguardo, transitando livremente perante a sociedade local, contaminando inúmeras pessoas, sem que haja a escorreita fiscalização”.
Fonte: G1 – Foto: Polícia Civil/Divulgação