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A família de uma criança de um ano e seis meses registrou um boletim de ocorrência denunciando um suposto caso de negligência médica após a morte do bebê, nesta quinta-feira (17), no pronto-socorro municipal do Hospital Léo Orsi Bernardes, em Itapetininga (SP).
O g1 teve acesso ao boletim de ocorrência. Segundo o documento, Matteo Luiz Mariano Lanfredi Calejuri deu entrada no hospital na manhã de quarta-feira, realizou exames e foi liberado pelo médico para retornar para casa.
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Ainda de acordo com o registro, mesmo após a alta, a criança continuava se queixando de dores, sem apresentar melhora. Diante da piora, a família retornou com o menino ao pronto-socorro durante a noite.
Segundo relato do pai, a médica plantonista avaliou os exames realizados no primeiro atendimento e, imediatamente, acionou o pediatra de plantão para que comparecesse ao hospital e encaminhou a criança à emergência.
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Conforme o relato do pai à polícia, a médica demonstrou preocupação com o quadro clínico de Matteo. Entre os sintomas apresentados pela criança estavam coloração azulada da pele (cianose), baixa resposta a estímulos (hiporresponsividade), abdômen distendido, taquicardia, presença de secreção com odor fecal, além de histórico de dois dias sem fazer cocô, vômitos e febre.
O bebê não resistiu. A causa da morte informada inicialmente à família, segundo um dos médicos, teria sido apendicite aguda e choque séptico, conforme consta no boletim de ocorrência.
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Nas redes sociais, a tia do menino publicou um vídeo relatando a indignação da família. “Não pode ficar impune…Ele quer ouvir o choro de uma mãe, o desespero de um pai…tendo que fazer um boletim de ocorrência de madrugada?”.
O corpo do Matteo foi liberado na tarde desta quinta-feira (17). Velório do menino começou na tarde desta quinta-feira e o sepultamento estava previsto para às 17h, no Cemitério Vale da Paz, em Itapetininga.
Em nota, o Hospital Léo Orsi Bernardes disse que em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), não pode fornecer as informações sobre o caso.
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Itapetininga, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

Fonte: G1