Anúncios
O Rio Tietê está coberto por uma grossa camada de espuma no trecho que passa por Itu (SP), a aproximadamente 100 quilômetros da capital. A cena foi vista nesta quinta e sexta-feira (21), ao lado da Estrada dos Romeiros.
A espuma densa e tóxica que se forma sobre a água, resultado da poluição no rio, escancara um problema ambiental que se arrasta há décadas.
Anúncios
Testes já comprovaram que a espuma é altamente tóxica, composta por metais pesados como manganês e cobre, que saem de produtos químicos que são jogados no rio todos os dias por mais de 20 milhões de moradores.
Segundo a ONG SOS Mata Atlântica, são despejadas no Tietê quase 700 toneladas de esgoto sem tratamento todos os dias.
Anúncios
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/m/3/tDDVSRRKukybhPqnEeqg/whatsapp-image-2019-06-20-at-16.41.04.jpeg)
Recentemente, um relatório de qualidade da água do rio divulgado pela ONG revelou que a mancha de poluição reduziu oito quilômetros em 2017. A capital e a região metropolitana de São Paulo são onde o rio mais sofre com a poluição, segundo o relatório.
De acordo com o ambientalista João de Conti Neto, a explicação para essa espuma no Tietê tem a ver com o período mais seco do ano.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/P/t/ZrID8OQ8KuxZCbxv5LzA/espuma-escura-em-itu.jpg)
“A gente tem mais poluentes com menos água. Então, forma-se mais espuma. A gente encontra sempre mais espuma no período da manhã, quando as temperaturas estão mais baixas. O sol e a alta temperatura ajudam a dissipar a espuma mais rápido”, explica Conti Neto.
A cena vista em Itu já é comum em Salto (SP), cidade vizinha, onde o lixo trazido da capital pelo rio se acumula no memorial do Rio Tietê, ponto turístico na cidade onde há quedas d’água e uma antiga usina. Segundo a Prefeitura de Salto, em cinco anos foram retiradas 200 toneladas de material do rio.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/K/3/TLYj2uSuyxhoyy2vuuNg/salto-pets.jpg)
“Enquanto a gente ainda não tiver a universalização do sistema do saneamento básico, a gente ainda vai encontrar esses problemas”, comenta Conti Neto.
A motorista Fátima de Carvalho diz que a situação preocupa. “A gente fica imaginando o futuro dos nosso netos daqui a algum tempo, se continuar desse jeito, se ninguém fizer nada”, finaliza.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/l/y/Y1GHX7TpWaGMLBB02t6g/espuma-itu.jpg)
Cadê o rio?
Além de aumentar a espuma no rio, a falta de chuva mudou o cenário em Salto. O trecho do memorial do Rio Tietê estava com apenas um “fio” de água, local que é conhecido pela beleza das quedas d’água em área rochosa do rio.
Segundo a Defesa Civil, a vazão média está em 200 metros cúbicos esta sexta-feira. A média é de 300 m³ e quando transborda chega ultrapassar 600 m³.
Ainda conforme o órgão, a vazão mais baixa já registrada nos últimos anos foi de 150 m³ (em novembro do ano passado).
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/4/5/pgZxonSHeSvF93OiVdrw/whatsapp-image-2019-06-21-at-09.34.51-1-.jpeg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/s/G/TOUAahQZWqm6PA1AsjAQ/whatsapp-image-2019-06-21-at-09.34.52.jpeg)
Fonte: G1