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A Embraer, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, finalizou, na última quarta-feira (14), seu Plano de Demissão Voluntária (PDV), que teve início no último dia 23 e integrou o pacote de medidas para contornar a crise do setor. Em Botucatu, 6,5% da equipe decidiu aderir ao programa. Isso surpreendeu o sindicato da categoria, que esperava baixa aceitação.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu e Região, Miguel Ferreira da Silva, dos 1,7 mil funcionários da empresa, 110 serão desligados a partir do próximo dia 3 de outubro. “A Embraer abrigava muitos trabalhadores já aposentados e a maioria aderiu ao plano. Mais fácil sair com a indenização proporcional ao tempo de empresa, de 40% de salário nominal por ano de casa, do que sair sem nada”, justifica.
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Essa indenização integra o pacote de incentivos, que também ofereceu pagamento rescisório, equivalente ao do desligamento sem justa causa – com aviso prévio, incluindo quinquênios, férias, abono de férias, 13.º salário proporcional e 40% do FGTS. O PDV também é isento de Imposto de Renda, conforme prevê a legislação.
A Embraer ofereceu, ainda, pagamento de seis meses dos planos de saúde e de assistência odontológica para o empregado e seus dependentes já cadastrados, além de apoio e orientação durante o processo de transição de carreira ou de aposentadoria.
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O sindicato, por sua vez, acredita que o programa acabou sendo mais vantajoso à empresa do que aos trabalhadores. “Normalmente, outros planos preveem pagamento integral de salário nominal por ano de casa, não apenas 40%”, defende.
O presidente do sindicato teme, ainda, que haja mais demissões daqui para a frente. “Não sabemos o que a Embraer vai fazer de agora em diante”, acrescenta. Nessa quinta-feira (15), a reportagem do JC entrou em contato com a assessoria de imprensa da Embraer, em Botucatu. Contudo, não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte: JCnet