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Em 15 de fevereiro de 1974, Mary Schlais estava a caminho de uma exposição de arte em Chicago quando apareceu morta por facada numa manhã fria de Spring Brook (Wisconsin, EUA). A vítima só tinha 25 anos.
Os investigadores ficaram com poucas pistas além de uma possível evidência — um gorro de meia encontrado perto do corpo dela, do qual alguns fios de cabelo foram arrancados.
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Porém, por cinco décadas, o crime ficou sem solução. E foi esquecido por muito tempo. Em 2009, o corpo de Mary foi exumado, e investigadores identificaram um suspeito dois anos depois: Randall Woodfield, um ex-jogador sem sucesso da NFL (liga de futebol americano) que viria a ser conhecido como o “assassino da rodovia I-5”, por causa de uma série de mortes na via que liga o estado de Washington à Califórnia. Mas nada foi provado com relação à morte de Mary e o caso esfriou novamente.
Até que o Gabinete do Xerife do Condado de Dunn se uniu ao Departamento de Genealogia Genética do Ramapo College, em Nova Jersey, e finalmente o caso teve um desfecho, contou a CBS News.
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Os investigadores conseguiram usar os fios de cabelo para criar um perfil genético e, a partir daí, identificaram parentes em potencial com ajuda do DNA. O processo levou a uma mulher. Ela é filha de Jon Keith Miller, de 84 anos.
E os fios de cabelo, concluíram os cientistas, pertenciam ao idoso.
Quando a polícia entrevistou Jon, que agora mora em Minnesota, na última quinta-feira (7/11), ele inicialmente negou saber qualquer coisa sobre o assassinato. No entanto, quando lhe foi apresentada a evidência de DNA, ele confessou.
O octogenário disse que viu Mary pedindo carona à beira de uma estrada naquela noite e ofereceu ajuda, de acordo com a queixa criminal da sua prisão.
No trajeto, Jon tentou contato sexual com a caroneira, mas ela se recusou. Revoltado com a recusa, o motorista sacou uma faca e atingiu Mary em várias partes do corpo, incluindo nas mãos — o que mostra que ela tentou se defender.
Jon, então, parou e começou a esconder o corpo dela em um banco de neve, mas quando um carro passou, ele entrou em pânico e foi embora — deixando para trás o chapéu que o incriminaria cinco décadas depois.
A polícia disse que Jon estava “bastante calmo sobre o que havia ocorrido” quando confessou o crime.
“Eu acredito que deva ser um alívio para ele depois de 50 anos vivendo com isso. (O crime) deve ter estado na sua mente quase todos os dias”, disse o xerife do condado de Dunn, Kevin Bygd, na sexta-feira (8/11), de acordo com a CNN.
Após ser extraditado a Wisconsin, o idoso será julgado por homicídio em primeiro grau.
Fonte: Extra