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O ex-presidente da Romênia Ion Iliescu e o ex-premeiro-ministro Petre Roman serão julgados por crimes contra a humanidade pela morte de quatro pessoas e pelos mais de 1.300 feridos na repressão violenta a uma manifestação contra o governo em Bucareste em 1990. A informação é da Agência EFE.
“Nos dias 11 e 12 de junho de 1990, as autoridades do Estado decidiram lançar um ataque violento contra os manifestantes” que protestavam “de maneira pacífica” contra o governo de transição, meio ano após a queda do ditador comunista, Nicolae Ceausescu, apontou a Procuradoria-Geral em um comunicado.
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Os dois acusados, junto a outros 12 membros dos Ministérios de Defesa e Interior e do serviço secreto, teriam ordenado a transferência de cerca de 20 mil agentes à capital com o objetivo de sufocar os protestos. Segundo a Procuradoria, no ataque “morreram quatro pessoas e outras 1.388 ficaram feridas”.
Em março de 2015, foi anunciada a reabertura do caso que tinha levado à condenação da Romênia na Corte Europeia de Direitos Humanos em setembro de 2014 , por considerar que aqueles fatos não haviam sido investigados de forma adequada.
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Iliescu, de 87 anos, sempre negou as acusações e foi absolvido em 2008 pela justiça romena, que considerou que não havia provas de que estava envolvido na repressão à manifestação.
O ex-presidente, que foi membro do aparato comunista nos tempos de Ceausescu, agradeceu aos agentes por terem salvado “a democracia” perante os protestos de estudantes, intelectuais, imprensa independente e partidos políticos da oposição.
Iliescu fundou o Partido Social Democrata após a queda do comunismo e foi presidente da Romênia entre 1990 e 1996, e entre 2000 e 2004.
Fonte: Agência Brasil