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O ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández recebeu “milhões de dólares” dos cartéis de drogas, incluindo “1 milhão” do então líder do cartel de Sinaloa, Joaquín “Chapo” Guzmán, anunciou a justiça americana nesta quinta-feira (21).
Em troca, os narcotraficantes poderiam operar em Honduras com “total impunidade”, disse o promotor Merrick Garland em coletiva de imprensa, depois que o ex-presidente foi extraditado para os Estados Unidos para se sentar no tribunal distrital de Mahanttan, que instrui o caso.
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O ex-presidente, que deixou o poder em 27 de janeiro, comparecerá nesta sexta-feira perante o juiz Stewart D. Aaron.
Hernández é acusado de “participar e conspirar em uma associação ilícita, violenta e corrupta de tráfico de drogas” que enviou “500 toneladas” de cocaína para os EUA entre 2004 e 2022.
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De acordo com o documento da acusação divulgado nesta quinta, Hernández usou o narcotráfico para “enriquecer, financiar sua campanha política e cometer fraude eleitoral” nas eleições presidenciais de 2013 e 2017.
Em troca, ele “protegia traficantes de drogas”, incluindo seu irmão Juan Antonio “Tony” Hernández Alvarado, que veio a ser condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
Da mesma forma, JOH, como o ex-presidente é conhecido em seu país, “abusou de sua posição” como presidente para transformar o país em “um narcoestado” a fim de “enriquecer e manter e ampliar seu poder de forma corrupta”, além de corromper as instituições, segundo a promotoria.
Hernandez fez de Honduras “um dos maiores pontos do mundo de trânsito” da cocaína que chega aos Estados Unidos, apontam documentos judiciais.
Ann Miller, da DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos, disse que este caso “deve enviar uma mensagem clara” a qualquer líder estrangeiro que “abuse de forma corrupta de seu poder para apoiar os cartéis de drogas”.
Hernandez, que deve chegar a Nova York por volta da meia-noite local, pode pegar prisão perpétua se for condenado.
Fonte: Yahoo!