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O ex-deputado estadual Paulo Frateschi (PT-SP), 75 anos, foi morto a facadas pelo próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, durante um desentendimento familiar ocorrido nesta quinta-feira em São Paulo. A informação foi confirmada pelo GLOBO por uma pessoa próxima da família e lideranças do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
O ex-parlamentar foi atingido por facadas, na cabeça e braços, e foi socorrido e levado ao Hospital das Clínicas. A mulher de Frateschi, Yolanda Maux Vianna, também ficou ferida ao tentar intervir na briga — ela sofreu uma fratura no braço e foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Lapa.
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Testemunhas relataram que o conflito ocorreu dentro da residência da família, na zona oeste da capital. Ainda não há detalhes sobre o que teria motivado o desentendimento. O filho foi preso. Ele é ocenanógrafo formado pela USP e mora em Paraty, no Rio de Janeiro.
Ex-presidente estadual do PT e amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo Frateschi já havia enfrentado duas tragédias familiares. Em 2002, perdeu o filho Pedro, de 7 anos, em um acidente na rodovia Carvalho Pinto, em Guararema (SP). Um ano depois, em 2003, o filho Júlio, de 16 anos, também morreu em um acidente de carro na rodovia Rio-Santos, entre Paraty e Angra dos Reis. O velório do jovem contou com a presença de Lula, ministros e lideranças do PT, em um gesto de solidariedade ao então dirigente petista.
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De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a agressão teria ocorrido em um episódio de surto. Frateschi teve parada cardiorrespiratória e foi encaminhado ao Hospital das Clínicas da USP. O local passa por perícia e a ocorrência está sendo registrada no 91º DP.
Quem foi Paulo Frateschi
Ex-deputado estadual e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Frateschi teve trajetória marcada pela militância política. Integrou Ação Libertadora Nacional (ALN), organização de luta armada contra a ditadura militar, o que levou à sua prisão em 1969. Detido e torturado por seis meses, sua libertação tornou-se um símbolo da resistência ao regime.
Frateschi foi presidente estadual do PT paulista durante a ascensão do partido à presidência da República e ocupou o cargo de secretário de Relações Governamentais na gestão do prefeito Fernando Haddad, em 2014. Era professor por formação.

Fonte: G1