Anúncios
O Monte Everest, conhecido por ser o pico mais alto do mundo, está passando por um surto de crescimento. Pesquisadores revelaram que a montanha, que atualmente mede 8.849 metros, tem experimentado um aumento adicional em sua altura devido à erosão fluvial.
Os Himalaias, formados há cerca de 50 milhões de anos pela colisão entre o subcontinente indiano e a placa tectônica eurasiática, continuam a ser empurrados para cima. No entanto, deslizamentos de terra e outros eventos naturais também contribuem para a perda de rochas. Agora, especialistas afirmam que a erosão dos rios vizinhos tem impulsionado o Everest para cima, resultando em um aumento de 15 a 50 metros nos últimos 89.000 anos.
Anúncios
O professor Jingen Dai, coautor do estudo da Universidade de Geociências da China em Pequim, destacou que “nossa pesquisa demonstra que, mesmo o pico mais alto do mundo está sujeito a processos geológicos contínuos que podem afetar sua altura de forma mensurável em escalas de tempo geológicas relativamente curtas”. Dai observou que o Everest é uma anomalia, com seu pico cerca de 250 metros mais alto do que outras montanhas dos Himalaias.
Além disso, os dados sugerem uma discrepância entre as taxas de elevação de longo e curto prazo do Everest, levantando a questão de um possível mecanismo subjacente que torna a elevação da montanha ainda mais significativa. O artigo, publicado nesta segunda-feira (30) na revista Nature Geoscience, oferece novas perspectivas sobre a dinâmica das montanhas mais altas do mundo.
Anúncios
Seus resultados sugerem que, há cerca de 89.000 anos, o curso superior do rio Arun, que fica ao norte do Everest – e que teria fluído para o leste no planalto tibetano – se fundiu com seu curso inferior, como resultado da erosão deste último em direção ao norte. “Naquela época, haveria uma quantidade enorme de água adicional fluindo pelo rio Arun, o que teria sido capaz de transportar mais sedimentos, erodir mais rocha e cortar o fundo do vale”, disse o Dr. Matthew Fox, coautor da pesquisa, da University College London.
Fonte: Um Só Planeta