16 de setembro, 2024

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Europeus veem migração climática como preocupação de segurança maior do que ameaça russa, diz relatório

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Os europeus estão mais preocupados com a migração provocada pelas mudanças climáticas do que com a ameaça representada pela Rússia, concluiu o Índice de Segurança do MSC, relatório publicado nesta semana antes da Conferência de Segurança de Munique (MSC), na Alemanha.

A pesquisa questionou 12 mil pessoas em países membros do G7 e mais o Brasil, Índia, China e África do Sul sobre a sua percepção de 32 riscos diferentes. Na Itália, as três principais preocupações apontadas foram as condições meteorológicas extremas e os incêndios florestais, as mudanças climáticas em geral e a destruição de habitats naturais. Já os alemães se mostraram mais preocupados com a migração em massa como resultado da guerra ou da crise do clima.

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Uma tempestade de raios vista de Istria, na Croácia. Aquecimento global agrava ainda mais a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos (Foto: OMM/Boris Baran)

Fora do G7, as mudanças climáticas ainda são o maior problema para a maior parte dos entrevistados. Em todos os países pesquisados, exceto nos EUA, pelo menos uma das três ameaças ambientais incluídas no índice figurava entre as três principais preocupações. “Apesar das muitas diferenças nas percepções de risco, os cidadãos de todo o mundo continuam a partilhar graves preocupações sobre as ameaças ambientais”, afirmam os autores do relatório, segundo o portal EuroNews.

O relatório do MSC também analisou o estado da ação global em questões climáticas. Para os autores, embora o crescente alinhamento dos objetivos climáticos, geopolíticos e econômicos possa ajudar a promover uma agenda verde, perspectivas nacionais correm o risco de minar o nível de colaboração entre os países. “À medida que mais e mais Estados definem o seu sucesso em relação aos outros, ameaça desenrolar-se um ciclo vicioso de pensamento sobre ganhos relativos, perdas de prosperidade e tensões geopolíticas crescentes”, afirma o documento.

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Os autores afirmam que uma competição internacional pela inovação pode ser boa para o avanço da agenda, criando uma “corrida ao topo” entre a China e os EUA, por exemplo. Mas a rivalidade entre as nações e seu uso político, como no caso de subsídios climáticos e da precificação do carbono, carregam o potencial de minar alianças verdes.

Globalmente, afirma o relatório, é necessária uma cooperação positiva mais profunda entre países de rendimento alto e baixo para cumprir as metas globais de emissões líquidas zero, especialmente quando o assunto é financiamento climático ou o fornecimento de minerais essenciais para a transição para uma economia verde.

Fonte: Um Só Planeta

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