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Os Estados Unidos observam possíveis avanços nas negociações sobre o acordo nuclear com o Irã, mas, assim como os europeus, insistiram na “urgência” de concluir as conversas.
“Vimos nos últimos dias que modestos avanços podem ter sido feitos durante as últimas discussões”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, no dia seguinte ao recomeço das negociações de Viena para salvar o acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano (conhecido como Plano de Ação Conjunta Global, PACG).
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Para Price, esse progresso é “muito lento”. “Em breve será tarde demais para retornar ao respeito mútuo ao PACG”, declarou Price.
“Ambas as partes precisam se apoiar nesses avanços em um espírito construtivo e com convicção”, acrescentou Price, para quem é “muito cedo para dizer se os avanços são consistentes”. O porta-voz não deu detalhes sobre esses avanços.
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O que está em jogo nesta nova rodada de negociações é conseguir o retorno dos Estados Unidos ao pacto, depois de abandoná-lo em 2018 e restabelecer as sanções contra o Irã.
Além disso, França, Alemanha e Reino Unido, China e Rússia também fazem parte das negociações. Os Estados Unidos participam de forma indireta.
De acordo com Mikhail Ulyanov, representante da Rússia em organizações internacionais de Viena, a reunião de terça-feira foi “útil” e houve “progressos inquestionáveis”. O levantamento das sanções está sendo “ativamente discutido” informalmente, acrescentou.
Os negociadores europeus insistiram em um comunicado sobre a “urgência” de concluir as negociações, enquanto Teerã se aproxima “significativamente” das quantidades necessárias de urânio para a fabricação de uma bomba atômica.
Faltam “semanas e não meses para fechar um acordo”, acrescentaram os representantes europeus. “Estamos nos aproximando do ponto em que a escalada nuclear iraniana terá esvaziado o PACG de sua consistência.”
Os europeus afirmam que o nível de enriquecimento de urânio do Irã está perigosamente próximo do limite nuclear, algo que Teerã negou no sábado, dizendo que não passará de 60%, mesmo se as negociações de Viena fracassarem.
“Não há precedente de um Estado que enriquece (urânio) a 60% sem ter arma nuclear”, explicaram os negociadores.
Por sua vez, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Hosein Amir-Abdollahian, citado pela agência oficial do país, Irna, indicou nesta terça-feira que as negociações estão “no caminho certo”.
Acabar com as sanções dos Estados Unidos é a principal prioridade de Teerã, declarou o ministro iraniano na segunda-feira.
Fonte: Yahoo!