28 março, 2024

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EUA vão recusar novos pedidos de proteção aos ‘Dreamers’

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Os Estados Unidos não vão admitir novos pedidos de proteção migratória para os “Dreamers”, os jovens que chegaram ao país de forma irregular com seus pais enquanto eram crianças.

Aqueles que já têm permissão poderão renová-la por um ano, informou o Departamento de Segurança (DHS) nesta terça-feira (28).

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O presidente Donald Trump cancelou em 2017 o programa DACA (Ação Diferida para Chegadas na Infância), que protegia os “Dreamers” da deportação, mas essa decisão foi contestada pela Suprema Corte e bloqueada em junho.

A partir de agora, o governo não aceitará novos pedidos, mas renovará a proteção para quem já tiver o estatuto DACA. A extensão será por um ano e não por dois, como prevê o programa original.

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A notícia, revelada a jornalistas por um alto funcionário do governo em condição de anonimato, foi confirmada pelo Departamento de Segurança Interior que explicou em comunicado as novas regras.

O secretário interino do DHS, Chad F. Wolf, pediu ao Congresso para votar sobre o assunto.

“Enquanto o Departamento (de Segurança) continua analisando as políticas e avalia ações futuras, continua sendo válida a afirmação de que o Congresso deveria discutir esse assunto”, informou Wolf.

Ele defende que “há razões regulamentares importantes que possam justificar uma rescisão total do DACA”.

O alto funcionário que falou sob condição de anonimato ressaltou que essas decisões têm como objetivo limitar o alcance desse programa enquanto o DHS e o governo revisam seu “aspecto legal”.

Em 10 de julho, depois que a Suprema Corte bloqueou sua tentativa porque cessaria a proteção aos “Dreamers”, o presidente americano prometeu que lhes daria um opção à cidadania.

Nesta terça, Trump disse durante coletiva de imprensa, na qual foi perguntado sobre sua decisão, que apostava em um “sistema de imigração baseado nos méritos”.

“Vamos fazer felizes os ‘DACA’ e os legisladores também vão ficar contentes, mas também vamos lavar um fantástico sistema de imigração com base nos méritos”, afirmou o presidente em coletiva de imprensa.

A associação de defesa dos direitos civis ACLU prometeu que vai lutar contra esta regulamentação.

“Hoje é um dia cruel para os ‘Dreamers’ e suas famílias e para os americanos. Mas prometemos que assim como os ‘Dreamers’, que lutaram durante médicas, não vamos parar de lutar”, manifestou-se a ACLU.

Ilegal

Nos Estados Unidos, cerca de 700.000 pessoas se beneficiam do programa DACA, a maioria de origem latino-americana.

Esse anúncio terá um impacto na campanha eleitoral para as eleições de novembro, nas quais Trump busca se reeleger. No momento, o presidente aparece atrás nas pesquisas contra seu rival democrata Joe Biden.

Trump – que tem um posicionamento linha dura contra a imigração em situação irregular e também contra a chegada regulamentada de estrangeiros – cancelou esse programa de proteção criado por seu antecessor democrata, Barack Obama, em 2017.

A luta contra a imigração é um dos eixos de sua campanha.

No entanto, há grande apoio aos “Dreamers” no país e, de acordo com uma pesquisa publicada em junho, três quartos da população acredita que esses jovens merecem proteção migratória.

Na semana passada, um tribunal de Maryland ordenou que o governo processasse novas autorizações, declarando que a decisão de Trump de encerrar esse programa tinha sido revertida pela Suprema Corte.

O representante democrata Joaquín Castro, presidente da Liga dos Congressistas Hispânicos, denunciou que Trump mentiu quando prometeu proteger os “Dreamers”, e disse que a “suspensão parcial do DACA é ilegal”.

Fonte: Yahoo!

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