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Os Estados Unidos pretendem tentar restaurar praticamente todas as sanções suspensas pelas Nações Unidas ao Irã, confirmou nesta quarta-feira (19) o presidente Donald Trump, que já havia acenado com o plano no final de semana. “É um ‘snapback, não é incomum’, afirmou, durante entrevista coletiva na Casa Branca.
Trump informou que já instruiu seu secretário de Estado, Mike Pompeo, a tomar as medidas necessárias nesse sentido.
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Snapback é o termo pelo qual é conhecido o mecanismo de restauração das sanções internacionais. A decisão, porém, cabe aos membros do Conselho de Segurança da ONU, que dificilmente irão concordar com o pedido dos EUA.
Segundo Trump, as sanções são necessárias para que o Irã jamais tenha uma arma nuclear. Ele aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, criticar o “acordo ridículo feito em 2015 pelo então presidente Obama e seu vice, Joe Biden”, citando seu adversário nas eleições de novembro deste ano.
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“Pagamos uma fortuna por um plano fracassado”, disse.
Sanções
Para pedir o snapback, os Estados Unidos pretendem reivindicar para si o status de “participante” do acordo nuclear de 2015, apesar de o país ter se retirado dele, por iniciativa do próprio Trump, em 2018.
Segundo o acordo de 2015, os Estados participantes podem denunciar unilateralmente um signatário por não honrar seus compromissos. Esse procedimento permite que o restabelecimento das sanções ocorra em 30 dias, sem a possibilidade de veto de outros parceiros – como China ou Rússia, que certamente se posicionariam a favor do Irã.
Mas, segundo a agência Associated Press, quase todos os outros membros do Conselho de Segurança, incluindo os aliados europeus de Washington, contestam essa interpretação e provavelmente não concordarão em restabelecer as medidas punitivas.
Fonte: G1