18 abril, 2024

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EUA sanciona grupo paramilitar chinês por violar direitos dos uigures

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou, nesta sexta-feira (31), uma organização paramilitar chinesa acusando-a de violações dos direitos humanos contra os uigures e outros grupos majoritariamente muçulmanos na região de Sinkiang, no noroeste do país.

O Corpo de Produção e Construção de Sinkiang, leal ao Partido Comunista chinês (PCCh), tem sido visto como um estado dentro de um estado, com seus próprios povoados, universidades e meios de comunicação orientados à etnia Han, majoritária na China.

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O Tesouro dos EUA anunciou o congelamento dos ativos no país da Xinjiang Production and Construction Corps, que possui uma rede de universidades e de meios de comunicação em Sinkiang.

“A entidade e os funcionários foram designados por suas conexões com abusos aos direitos humanos contra minorias étnicas em Sinkiang que, segundo os relatos, incluem prisões arbitrárias e abusos físicos severos contra os uigures”, indicou o Departamento do Tesouro em um comunicado.

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O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que Bingtuan estava “diretamente envolvido” com a prisão em massa dos uigures e outras comunidades muçulmanas em Sinkiang.

“Fazemos um chamado a todos os países para que se unam no que se refere a condenar o abuso atroz do PCCh sobre os Direitos Humanos dos seus próprios cidadãos, que afeta inúmeras famílias em todo o mundo”, afirma Pompeo.

O Tesouro também sancionou Peng Juraui, o comandante do Corpo, e Sun Jinlong, um ex-integrante.

A organização, fundada em 1950 sob as ordens de Mao Tsé-Tung, era conhecida localmente como Bingtuan e formada por soldados desmobilizados.

Cresceu progressivamente e começou a administrar grandes extensões de terra e negócios imobiliários, seguros e também produção de plásticos e cimento.

Várias organizações de direitos humanos acusam a China de incentivar a migração da população nesta região para tentar homogeneizar o território e reprimir os uigures e outros grupos turcos muçulmanos, proibindo-os de praticar o Islã.

Segundo ativistas, um milhão de pessoas foram presas em acampamentos para mudar suas crenças, um sistema de confinamento que os Estados Unidos comparam com o Holocausto.

A China descreve esses acampamentos como centros de treinamento e diz que busca educar a população para reduzir o atrativo do radicalismo islâmico.

O Tesouro informou que as medidas contra Bingtuan respondem em parte aos vínculos com chefe do partido comunista na região, Chen Quanguo, arquiteto das políticas de linha-dura de Pequim sobre as minorias, que anteriormente esteve no Tibete.

No começo de julho, os Estados Unidos congelaram vistos e ativos americanos de três funcionários chineses por acusações de violações dos direitos humanos em Sinkiang, entre eles Quanguo.

Pequim acusou Washington de interferência em seus assuntos internos e adotou medidas em represália, sancionando três legisladores muito críticos à China: os senadores Marco Rubio e Ted Cruz e o congressista Chris Smith, assim como o embaixador Sam Brownback, defensor das liberdades religiosas.

Fonte: Yahoo!

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