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A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) americana anunciou nesta quinta-feira (23) a retirada do mercado dos cigarros eletrônicos da Juul Labs devido à falha da empresa em abordar certas preocupações de segurança sobre seus produtos.
Esta medida “é um avanço adicional no compromisso da FDA para garantir que todos os produtos de cigarros eletrônicos e sistemas eletrônicos de fornecimento de nicotina que são comercializados produtos (…) cumpram com nossos padrões de saúde pública”, disse o comissário da entidade, Robert Califf, em um comunicado.
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A Juul Labs anunciou que irá apelar contra a decisão FDA.
“Não estamos de acordo com as descobertas e a decisão da FDA. Continuamos acreditando que fornecemos informações suficientes e dados baseados em pesquisas de alta qualidade para abordar todas as questões levantadas pela agência”, declarou em um comunicado o diretor de regulamentação da Juul, Joe Murillo.
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“Pretendemos buscar uma suspensão e estamos explorando todas as nossas opções sob os regulamentos e as leis da FDA, entre elas a apelação da decisão e a participação de nosso regulador”.
A medida abre o caminho para que as marcas rivais do setor aumentem sua participação no mercado, uma vez dominado pela Juul.
Os produtos afetados incluem o dispositivo vaporizador Juul e suas cápsulas, que atualmente são vendidos em sabores de tabaco Virginia e mentol, com concentrações de nicotina de 5% e 3%.
Depois de concluir uma revisão de dois anos da aplicação de mercado da empresa, a FDA observou que os dados enviados “não tinham evidências suficientes sobre o perfil toxicológico dos produtos”.
“Em particular, algumas das descobertas do estudo da empresa levantaram preocupações devido a dados insuficientes e contraditórios, inclusive em relação à genotoxicidade e lixiviação de produtos químicos potencialmente nocivos das cápsulas com ‘e-líquidos’ patentados pela empresa”, acrescentou.
A Juul foi responsabilizada por um aumento no hábito do uso de ‘vaping’ entre os jovens, por sua comercialização de cigarros eletrônicos com sabor de frutas e doces, que parou de vender em 2019.
Em janeiro de 2020, a FDA considerou ilegal a venda de cigarros eletrônicos com sabores que no sejam tabaco ou mentol, a menos que o Estado a autorize especificamente.
A agência aprovou alguns produtos relacionados a cigarros eletrônicos de outros fabricantes, como Reynolds American, atual líder de mercado, NJOY e Logic Technology Development.
Por sua parte, a Juul argumentou que seus produtos podem proporcionar uma solução aos efeitos nocivos à saúde dos cigarros convencionas.
Os produtos da Juul “existem apenas para que os fumantes adultos façam a transição de cigarros combustíveis”, disse o presidente-executivo, KC Crosthwaite, no site da empresa, acrescentando que está “trabalhando duro” para reconstruir sua reputação após uma “erosão de confiança nos últimos anos”.
Na terça-feita, o governo do presidente Joe Biden anunciou que vai desenvolver uma nova política para exigir que os produtores de cigarro reduzam o nível da nicotina a níveis não-viciantes.
Fonte: Yahoo!