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O Pentágono anunciou nesta terça-feira (17) a redução do contingente militar dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque até 15 de janeiro — ou seja, cinco dias antes de o democrata Joe Biden tomar posse como presidente dos EUA.
No Afeganistão, o número de militares americanos cairá de 4,5 mil para 2,5 mil. No Iraque, a redução será mais tímida: apenas 500 voltarão para casa, restando outros 2,5 mil soldados em solo iraquiano.
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A decisão, criticada mesmo por aliados diretos do presidente americano no Congresso, faz parte de uma das bandeiras de campanha de Donald Trump. Ainda assim, a retirada será mais tímida do que o republicana gostaria: a ideia era um retorno total dos militares dos EUA em serviço nesses países.
O corte foi anunciado pelo novo secretário de Defesa, Cristopher Miller, que ocupa interinamente o cargo desde a demissão de Mark Esper.
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Embora Trump se recuse a reconhecer a derrota nas eleições de novembro e tente impedir a transição, a equipe do presidente eleito já conversa com integrantes do governo americano.
Líder republicano adverte Trump
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O retorno de militares americanos era uma das bandeiras de campanha de Trump ainda na eleição de 2016. Neste ano, ele retomou o tema em diversos comícios e discursos, como o tradicional Estado da União em fevereiro. Na ocasião, o presidente apresentou, como surpresa aos familiares, um militar que havia acabado de retornar do Afeganistão, onde estava em serviço.
No entanto, Trump não conseguiu se reeleger. Com isso, o próprio líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, um dos maiores aliados da Casa Branca, advertiu o presidente nesta terça contra qualquer grande mudança no Departamento de Defesa ou nas política externa dos EUA — isso inclui, segundo o senador, grandes retiradas no Iraque e no Afeganistão.
Na segunda-feira, McConnell disse que apenas “uma pequena minoria” no Congresso aprovaria as decisões de Trump sobre as retiradas dos militares. “Seria abandonar nossos aliados no Afeganistão”, afirmou.
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Lideranças políticas americanas temem que a retirada dos militares enfraqueça governos aliados dos EUA. É o caso do Afeganistão, país com o qual a Casa Branca tenta costurar um acordo de paz com o grupo terrorista islâmico Talibã.
Apesar das tentativas de um cessar-fogo entre o governo afegão e a facção extremista, observadores internacionais têm observado que o Talibã não está cumprindo com os requisitos do acordo e, inclusive, continua a fazer ataques a civis no Afeganistão.
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O secretário de Defesa em Exercício, Cristopher Miller, nega que a retirada coloque em risco militares americanos ou governos aliados.
“Se forças de terror, instabilidade, divisão e ódio começarem uma campanha deliberada para prejudicar nossos esforços, estaremos prontos para aplicar as capacidades requisitadas para aniquilá-las”, disse Miller.
Fonte: G1