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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira (20) a libertação de um preso venezuelano —em troca, a Venezuela libertou 10 americanos. O acerto foi feito entre os dois governos.
Alex Saab, o venezuelano libertado, é um aliado importante do presidente Nicolás Maduro —e apontado por críticos como um “laranja” dele. Ele foi preso nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro em 2020. Ele desembarcou em Caracas, capital da Venezuela, na tarde desta quarta.
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O acordo representa a iniciativa mais audaciosa do governo dos EUA para melhorar as relações com a Venezuela e obter concessões de Maduro.
A libertação de prisioneiros americanos —a maior da história da Venezuela— ocorre semanas depois que a administração Biden concordou em suspender algumas sanções, após um compromisso de Maduro e oposição de trabalhar para condições livres e justas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela.
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A prisão de Saab pelos EUA havia sido considerada na época um troféu por Washington. Autoridades dos EUA afirmaram à Associated Press que a decisão de conceder clemência a ele foi difícil, mas essencial para trazer de volta os americanos presos.
Dos 10 americanos que estavam detidos na Venezuela, em seis a administração Biden tratava como prisões injustas.
“Essas pessoas perderam um tempo precioso com seus entes queridos, e suas famílias sofreram a cada dia em sua ausência. Estou grato que o sofrimento deles finalmente acabou”, disse o presidente Joe Biden em comunicado.
O governo da Venezuela descreveu Saab como “uma vítima” de “detenção ilegal” e caracterizou sua libertação como um “símbolo de vitória” alcançado através da “diplomacia pacífica” do país. O governo, em comunicado, instou os EUA a removerem todas as sanções contra a Venezuela.
O acordo também resultará na extradição de Leonard Glenn Francis, o proprietário malaio de uma empresa de serviços de navios no Sudeste Asiático que é o personagem central de um dos maiores escândalos de suborno na história do Pentágono.
Francis, apelidado de “Fat Leonard” (“Leonardo Gordo”), foi preso em um hotel de San Diego quase uma década atrás como parte de uma operação federal. Depois, fugiu para a Venezuela —e foi preso pela Interpol em setembro de 2022 ao tentar viajar para a Rússia. Investigadores afirmam que ele e sua empresa, Glenn Defense Marine Asia, ludibriaram a Marinha em mais de US$ 35 milhões, subornando dezenas de oficiais graduados da Marinha com bebidas, sexo, festas luxuosas e outros presentes.
Fonte: G1