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O representante dos Estados Unidos para a Liberdade de Culto expressou nesta terça-feira (8) preocupação com as duras medidas tomadas na França em meio à luta do governo Emmanuel Macron contra o extremismo islâmico.
“Obviamente, estou preocupado com o que está acontecendo na França”, afirmou o embaixador Sam Brownback (foto) sobre a iniciativa do governo francês. “Quando você aplica uma mão pesada, a situação pode piorar”, disse ele a repórteres.
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“Nosso ponto de vista é que o governo deve proteger a liberdade de culto. Você não pode praticar sua fé de forma violenta (…), mas se pratica sua fé pacificamente, você está no seu direito”, acrescentou.
O governo francês deve analisar na quarta-feira um projeto de lei que “reforça os princípios republicanos” e visa combater o “separatismo” e o extremismo islâmico.
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Macron publicou uma coluna no jornal britânico Financial Times no início de novembro, na qual explicava que “a França está lutando contra o separatismo islâmico, nunca contra o islã”.
Na sexta-feira, o presidente voltou ao assunto depois que alguns veículos de comunicação anglo-saxões acusaram a França de atacar muçulmanos.
“A França não tem problemas com o Islã, tem até uma relação antiga (…) Simplesmente, construímos nossa República, nosso projeto coletivo, com a separação entre o político e o religioso, é isso que às vezes muitas regiões do mundo têm dificuldade de compreender”, explicou ele em uma entrevista.
Ao se referir ao recente assassinato de um professor que mostrou caricaturas de Maomé em sala de aula, Macron afirmou que a França “foi atacada” porque “defendia a liberdade de expressão”.
Ele disse que “ficou impressionado com o fato de que a imprensa anglo-saxônica disse que ‘esses franceses são estrangeiros, insultaram o profeta, não gostam do Islã, têm um problema com esta religião'”.
O presidente enfatizou, porém, que a lei francesa defende a “plena liberdade de expressão”, incluindo o direito à blasfêmia.
Fonte: Yahoo!