07 de setembro, 2024

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EUA e Coreia do Sul estendem exercícios militares e alertam para ‘fim do regime’ norte-coreano em caso de ataque nuclear

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De forma conjunta, os Estados Unidos e a Coreia do Sul advertiram a Coreia do Norte nesta quinta-feira que o uso de armas nucleares contra nações aliadas resultaria “no fim do regime de Kim [Jong-un]”, elevando a retórica na tentativa de coibir a escalada militar de Pyongyan após o lançamento de uma série de mísseis.

Em pronunciamento conjunto no Pentágono, o secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, e seu homólogo sul-coreano, Lee Jong-sup, afirmaram nesta quinta-feira que os Estados Unidos e a Coreia do Sul planejam estender indefinidamente os exercícios militares batizados de “Tempestade Vigilante”. As manobras, atualmente em andamento, foram citados pela Coreia do Norte como razão para a recente série de lançamentos.

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Lee disse que a Coreia do Norte também aparenta estar pronta para conduzir um teste nuclear, mas se negou a estimar quando isso poderia ocorrer.

“Qualquer ataque nuclear contra os Estados Unidos ou seus aliados e parceiros, incluindo o uso de armas nucleares não estratégicas, é inaceitável e resultará no fim do regime de Kim”, afirmaram os dois chefes de Defesa em um comunicado conjunto.

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Em comentários feitos na sequência, Lee disse que um ataque nuclear, incluindo com o uso de armas nucleares táticas, seria confrontado com a “resposta esmagadora e decisiva da aliança”.

— Neste momento de aumento de tensão, nossa aliança é rígida — reiterou Austin.

Os duros alertas de ambas nações sugerem que os EUA concordaram com a mudança de estratégia recentemente defendida pela Coreia do Sul — particularmente por Lee. Em um discurso na semana passada, Lee disse que a prioridade da aliança seria deixar claro para a Coreia do Norte que o regime poderia “desaparecer completamente” se armas nucleares forem usadas.

E embora Austin e Lee ainda tenham pedido a desnuclearização da Península Coreana, como sucessivas administrações fizeram ao longo de vários anos, o foco dos dois nesta quinta-feira foi reforçar a prontidão militar e a posição de defesa.

Mais cedo, a Coreia do Norte lançou um suposto míssil balístico intercontinental de uma área próxima a Pyongyang. O míssil voou para o leste em direção ao Japão, alcançando uma altitude de cerca de 1.900 km. Este foi o lançamento mais recente de uma série de testes de armas com o objetivo de protestar contra os exercícios militares, que a Coreia do Norte chamou de “grande erro”.

No entanto, os Estados Unidos e a Coreia do Sul disseram que não vão recuar. No comunicado, os aliados concordaram em aprimorar os exercícios militares de forma mais ampla e reforçar sua defesas contra a Coreia do Norte.

Mísseis balísticos intercontinentais Hwasong-17 são exibidos durante um desfile militar na Coreia do Norte (Foto: Reprodução)

Planejamento de exercícios

Segundo os secretários de Defesa, os dois países agora vão realizar anualmente um planejamento de emergência que incluirá uma simulação de uso de armas nucleares pela Coreia do Norte.

Austin e Lee condenaram os últimos lançamentos de mísseis. Mais cedo, Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado americano, conclamou a Coreia do Norte a suspender a realização de mais testes “desestabilizadores” e voltar às negociações sobre o seu programa de armas nucleares.

— Esse lançamento é uma clara violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança dos EUA e demonstra a ameaça que as terríveis armas de destruição em massa e o programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte representam para os seus vizinhos, para a região, para a paz e segurança internacional e para o regime de não proliferação [nuclear] global — disse Price.

O míssil intercontinental era provavelmente um Hwasong-17 que falhou no voo, informou a agência de notícias Yonhap citando um oficial de Defesa não identificado e referindo-se a um foguete mais novo e maior pode ter sofrido uma grande falha sobre Pyongyang em março. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul se recusou a comentar a informação.

O míssil fez parte de ao menos seis projéteis disparados pela Coreia do Norte nesta quinta-feira, incluindo cinco foguetes de curto alcance que sobrevoaram o mar entre a Península Coreana e o Japão. No início desta semana, a Coreia do Norte ameaçou adotar “fortes medidas” caso os Estados Unidos não interrompessem os exercícios militares com seus parceiros, incluindo a Coreia do Sul, e disparou ao menos 23 mísseis na quarta-feira.

A Coreia do Norte está proibida de conduzir testes de mísseis balísticos sob resoluções das Nações Unidas que buscam pressionar Kim Jong-un a desistir de seu programa de armas nucleares. Os EUA e seus aliados acreditam que Kim, que em setembro reafirmou sua recusa ao desarmamento do país, está preparando o terreno para conduzir seu primeiro teste de bomba atômica em cinco anos.

O líder norte-coreano vem encontrando mais espaço para aumentar as provocações enquanto a gestão de Biden se concentra na guerra da Rússia na Ucrânia. Rússia e China, dois parceiros de longa data da Coreia do Norte, têm poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e não demonstraram qualquer intenção de punir Kim com mais sanções.

Fonte: Yahoo!

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