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Os Estados Unidos realizaram uma operação militar em Cabul, no Afeganistão, neste sábado (30), para matar Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama bin Laden como líder da rede terrorista Al-Qaeda, do qual foi um dos fundadores. A informação é de dirigentes do governo americano que pediram para não serem identificados.
Ainda segundo autoridades americanas, nenhum civil ficou ferido na ação, comandada pela Agência Central de Inteligência (CIA).
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Horas depois do anúncio, o presidente americano, Joe Biden, fez um pronunciamento na Casa Branca no qual afirmou que a “justiça foi feita”. “Por décadas [al-Zawahiri] foi um mentor contra os norte-americanos”, afirmou Biden. “[Ele deixou uma] trilha de assassinatos e violência contra os cidadãos dos EUA.”
Médico e cirurgião de formação, Al-Zawahiri, que era egípcio e tinha 71 anos, era apontado como um dos responsáveis pela formação ideológica, as táticas e habilidades organizacionais da Al-Qaeda.
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Ele é tido como o líder e idealizador dos primeiros atentados suicidas e células independentes, que se tornaram uma marca da rede terrorista. Atuou, por exemplo, como um dos coordenadores dos ataques de 11 de setembro de 2011 (leia mais abaixo) e chefiava a rede terrorista desde a morte de Bin Laden, em 2011.
Em um comunicado, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, confirmou que houve um ataque no sábado e fez críticas à operação dos Estados Unidos, que classificou como uma violação aos “princípios internacionais”.
A morte notícia da morte de Al-Zawahiri foi publicada por jornais como “The New York Times” e “Washington Post” e pelas agências de notícias Reuters e Associated Press. Segundo o “New York Times”, esse foi o primeiro ataque americano em solo afegão desde a saída definitiva dos militares dos EUA do país, em agosto de 2021.
Al-Zawahiri coordenou o 11 de Setembro
Ayman Al-Zawahiri ajudou a coordenar os ataques 11 de Setembro de 2001, nos EUA.
Também era suspeito de ter planejado o ataque que deixou 17 marinheiros em um navio americano que estava atracado no Iêmen, o USS Cole, em 2000.
Dois anos antes, em 1998, o egípcio foi acusado nos EUA por ter participado de ataques com bombas nas embaixadas do país no Quênia e na Tanzânia, que deixaram 224 mortos.
EUA no Afeganistão
Há quase um ano as forças dos EUA deixaram o Afeganistão. Isso permitiu que os talibãs retomassem o controle do país, após 20 anos afastados do poder.
Em julho, os EUA anunciaram a morte do líder do grupo Estado Islâmico na Síria, Maher al-Agal, em um ataque com drones.
A operação “enfraqueceu consideravelmente a capacidade” da organização “para preparar, financiar e realizar operações na região”, afirmou na ocasião um porta-voz militar americano.
Fonte: Yahoo!