01 de junho, 2025

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EUA dizem que China se prepara para usar força no Indo-Pacífico e veem ameaça ‘real e iminente’

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou nesta sexta-feira (30) que a China está se preparando para usar força militar na região Indo-Pacífico. Ele pediu aos aliados área que aumentem os investimentos em defesa e citou risco em Taiwan.

Foi a primeira participação de Hegseth no principal fórum asiático para autoridades de defesa, militares e diplomatas, que ocorre em Singapura. No discurso, ele destacou que o Indo-Pacífico é uma prioridade para o governo Trump.

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“Não há motivo para suavizar as palavras. A ameaça que a China representa é real e pode ser iminente”, disse Hegseth.

Ele afirmou que qualquer tentativa da China de conquistar Taiwan teria “consequências devastadoras para a região e para o mundo”. O secretário prometeu ainda que Trump impedirá a China de invadir Taiwan.

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Pequim considera Taiwan parte de seu território e promete uma reunificação, inclusive com o uso da força. O governo chinês vem aumentando a pressão militar e política, incluindo exercícios de guerra ao redor da ilha.

Taiwan condena a pressão chinesa e afirma que apenas sua população pode decidir o futuro da ilha.

“Tem que estar claro para todos: Pequim está se preparando, de forma crível, para usar força militar e mudar o equilíbrio de poder no Indo-Pacífico”, disse Hegseth.

O ministro da Defesa da China, Dong Jun, decidiu não participar do fórum e enviou apenas uma delegação acadêmica.

Lançamento de míssil de longo alcance em exercício militar da China em Taiwan (Foto: CCTV)

Gastos em alta

Países asiáticos vêm elevando gastos com armamentos e pesquisa diante de um cenário de segurança mais instável. Segundo um estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, com sede em Londres, a região tem buscado parcerias industriais externas e tenta fortalecer suas próprias indústrias de defesa.

Mesmo assim, o gasto médio em defesa foi de 1,5% do PIB em 2024 — um índice estável na última década.

Durante o discurso, Hegseth sugeriu que os aliados europeus foquem na segurança do continente, para que os EUA possam se concentrar na China e contar com mais participação de aliados asiáticos.

“Estamos pressionando os europeus a assumirem mais responsabilidade — a investirem em sua própria defesa… Graças ao presidente Trump, eles estão fazendo isso”, afirmou.

Mas algumas decisões recentes do governo Trump na região asiática chamaram atenção. Neste ano, os EUA transferiram sistemas de defesa aérea da Ásia para o Oriente Médio, em resposta ao aumento da tensão com o Irã. A operação exigiu 73 voos de aviões C-17.

Ex-apresentador de TV, Hegseth passou os primeiros meses no cargo voltado a temas internos. Em Singapura, abordou pautas frequentes de seus discursos nos EUA, como a defesa do “espírito guerreiro”.

“Não estamos aqui para pressionar outros países a adotarem nossa política ou ideologia. Não viemos pregar sobre mudança climática ou pautas culturais”, disse. “Respeitamos vocês, suas tradições e suas Forças Armadas. Queremos trabalhar juntos onde houver interesses em comum.”

Fonte: G1

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