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O piloto de um caça chinês realizou uma “manobra desnecessariamente agressiva” perto de um avião de vigilância dos Estados Unidos sobrevoando o Mar da China Meridional na semana passada, disseram os militares americanos nesta terça-feira. O incidente, de acordo com o Pentágono, faz parte de um padrão de comportamento da China e ocorre em um momento de tensões já intensificadas entre Washington e Pequim por questões como Taiwan e um suposto balão espião chinês que foi derrubado após atravessar os Estados Unidos no início deste ano.
A aeronave chinesa “voou diretamente na frente e a 400 pés [120 metros] do nariz do RC-135, forçando a aeronave dos EUA a voar através de sua esteira de turbulência” na sexta-feira, disse o Comando Indo-Pacífico (Indopacom) em um comunicado. “O RC-135 estava conduzindo operações seguras e de rotina sobre o Mar da China Meridional em espaço aéreo internacional, de acordo com a lei internacional”, acrescentou o comando.
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O vídeo mostra um caça a jato cruzando na frente da aeronave dos EUA, que pode ser vista sendo atingida pela turbulência resultante.
Um alto funcionário da Defesa dos EUA disse que houve um “aumento alarmante no número de interceptações aéreas arriscadas e engajamentos marítimos” por aviões e navios chineses, ações que “têm o potencial de criar um incidente inseguro ou erro de cálculo”.
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— Não acreditamos que sejam pilotos operando de forma independente — disse o oficial. — Achamos que é parte de um padrão maior.
Em dezembro ocorreu um incidente similar envolvendo um jato chinês e um RC-135 dos Estados Unidos, o que obrigou a aeronave americana “a realizar manobras evasivas para evitar uma colisão”, disse o Indopacom naquela ocasião.
O anúncio do último incidente ocorreu um dia depois de o Pentágono afirmar que Pequim havia recusado um convite dos Estados Unidos para que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, se reunisse com seu homólogo chinês em Cingapura no final desta semana.
No entanto, o alto funcionário afirmou que o momento do anúncio não estava relacionado à recusa da China ao convite, explicando que as informações sobre o incidente da aeronave “estavam sujeitas ao processo de desclassificação militar dos Estados Unidos e ao processo de comunicação diplomática dos Estados Unidos”.
Austin e outros funcionários americanos têm trabalhado para fortalecer as alianças e parcerias na Ásia como parte dos esforços para contrapor as ações cada vez mais assertivas de Pequim, mas também houve sinais tênues de que ambas as partes estavam trabalhando para reduzir a tensão.
O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o alto diplomata chinês, Wang Yi, se reuniram em Viena no início deste mês, e o presidente Joe Biden posteriormente afirmou que os laços entre Washington e Pequim deveriam ser descongelados “muito em breve”.
Fonte: Agências