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As forças navais dos Estados Unidos no Oriente Médio interceptaram um navio de pesca contrabandeando mais de 1 milhão de munição, além de armas, no Golfo de Omã, ao longo de uma rota marítima do Irã ao Iêmen, segundo um comunicado da marinha americana divulgado neste sábado (3).
A tripulação da base marítima Lewis B. Puller, que atua também no Golfo Pérsico, no Mar Vermelho e no Canal de Suez, disse que descobriu a carga ilícita durante uma verificação de rotina.
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“Essa interdição significativa mostra claramente que a transferência ilegal de ajuda letal e o comportamento desestabilizador do Irã continuam”, disse o vice-almirante Brad Cooper, do Comando Central dos Estados Unidos.
“As forças navais dos EUA continuam focadas em dissuadir e interromper atividades marítimas perigosas e irresponsáveis na região”, disse Cooper.
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O fornecimento, venda ou transferência direta ou indireta de armas para os rebeldes houthis no Iêmen viola a Resolução 2216 do Conselho de Segurança da ONU e o direito internacional, diz o comunicado.
O governo do Iêmen, apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, acusa o Irã de apoiar os rebeldes, o que Teerã nega.
Desde 2014, o conflito no Iêmen deixou centenas de milhares de mortos e mergulhou o país mais pobre da Península Arábica em uma das piores crises humanitárias do mundo.
Rota de contrabando
Em novembro, um outro navio que transportava material explosivo do Irã foi interceptado pela Marinha dos Estados Unidos também no Golfo de Omã.
Segundo o governo americano, o navio, que representava “um perigo para a navegação mercante”, foi afundado em 13 de novembro e seus quatro tripulantes iemenitas foram transferidos para o Iêmen.
As forças dos EUA encontraram a bordo mais de 70 toneladas de perclorato de amônio e mais de 100 toneladas de fertilizantes à base de ureia, substâncias que podem ser usadas para fazer combustível de mísseis e explosivos.
Essa quantidade é “suficiente para alimentar mais de uma dúzia de mísseis balísticos de médio alcance, dependendo de seu tamanho”, disse o vice-almirante Brad Cooper na época.
De acordo com o comunicado, o navio foi interceptado em 8 de novembro quando estava “em trânsito do Irã por uma rota historicamente usada para tráfico de armas para os houthis”.
Fonte: Yahoo!