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O líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria morreu nesta terça-feira (12) em um ataque de drone das forças americanas, confirmou o Pentágono à AFP.
Maher al-Agal foi atingido enquanto pilotava uma motocicleta perto de Jindires. Um de seus principais ajudantes ficou gravemente ferido, disse o tenente-coronel Dave Eastburn, porta-voz do Comando Central do Departamento de Defesa.
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou o sucesso da operação, que, segundo ele, “elimina um terrorista-chave” e “enfraquece significativamente a capacidade do EI de planejar, financiar e dirigir suas operações naquela região”.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma fonte de referência naquela região, confirmou que Agal, classificado por essa organização como governador do EI para o Levante, morreu em um ataque com drones.
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As Forças de Defesa Civil da Síria afirmaram que uma pessoa morreu e outra ficou ferida em um ataque contra uma motocicleta nos arredores da cidade de Aleppo, mas não identificou as vítimas. Apontou, no entanto, que ambos os homens tinham ligação com o Ahrar al-Sharkiya, grupo armado sírio pró-Ancara que constava da lista de sanções dos Estados Unidos, acusado de abusos contra a população cometidos durante a ofensiva turca no norte da Síria em 2019 e do assassinato de Hevrin Khalaf, defensora curda dos direitos das mulheres.
‘Sombra’ do EI na Síria
Segundo os observadores, o Ahrar al-Sharkiya recrutou ex-líderes do EI para lutar contra as forças curdas nas áreas controladas pela Turquia e seus aliados na Síria.
Em 2014, o Estado Islâmico ascendeu de forma meteórica no Iraque e na Síria e conquistou vários territórios. Apesar disso, logo viu seu autoproclamado “califado” ser derrubado por sucessivas ofensivas nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente. Desde então, a organização foi desestabilizada em diversas ocasiões pela morte ou captura de seus líderes na Síria.
Derrotado militarmente em seus antigos redutos, o EI “continua sendo uma ameaça para os Estados Unidos e seus aliados na região”, afirmou o porta-voz do Comando Central do Exército dos Estados Unidos, coronel Joe Buccino.
Damien Ferré, fundador da Jihad Analytics, que analisa a jihad nos níveis global e cibernético, disse à AFP que a morte do líder “não deve afetar realmente” o grupo jihadista. “Cada vez que assassinam um líder do EI, ele é imediatamente substituído.”
Mas “o EI na Síria é uma sombra do que já foi”, destacou Ferré. “Ainda é capaz de realizar ataques contra as forças sírias e operações contra as forças curdas aqui e ali, mas já não tem mais nada a ver com o período do califado.”
A organização também ampliou sua influência em outras regiões do mundo, como Sahel, Nigéria, Iêmen e Afeganistão, onde reivindica regularmente a autoria de atentados.
Fonte: Yahoo!