19 de novembro, 2024

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EUA acusam Maduro de querer “consolidar o poder de sua ditadura autoritária”

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O governo dos Estados Unidos acusou nesta segunda-feira (11) o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de querer consolidar o seu poder através da proibição dos partidos opositores nas eleições presidenciais de 2018. a informação é da agência EFE.

“A tentativa de Maduro de proibir os partidos de oposição nas eleições presidenciais é uma medida extrema para fechar o espaço democrático na Venezuela e consolidar o poder em sua ditadura autoritária”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert (foto), em mensagem publicada no Twitter.

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“Apoiamos o povo venezuelano enquanto ele procura restaurar sua democracia”, disse Heather. Ela fez essas declarações depois que Maduro confirmou no domingo a ameaça já formulada por outras vozes do seu governo, segundo a qual os partidos opositores que não participassem das eleições municipais de ontem estariam proibidos de apresentar candidatos no pleito presidencial de 2018.

“Os partidos restantes, Vontade Popular (VP) e Primeiro Justiça (PJ) desapareceram do mapa político venezuelano e hoje desaparecem totalmente, porque o partido que não tiver participado hoje e tiver convocado o boicote às eleições não poderá mais participar”, afirmou Maduro, depois de votar nas eleições municipais.

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O VP, o PJ e a Ação Democrática (AD) não compareceram nestas eleições após denunciarem casos de fraude e numerosas irregularidades nas votações regionais de 15 de outubro, nas quais o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) de Maduro ganhou 18 dos 23 governos, segundo os resultados oficiais.

Nas eleições deste domingo, segundo o governo, o chavismo ganhou 308 prefeituras, enquanto que a oposição obteve a vitória em 25 localidades e dois candidatos independentes obtiveram triunfos em outros territórios.

Em novembro, os EUA impuseram uma nova rodada de sanções econômicas contra dez funcionários do alto escalão do governo da Venezuela, entre eles vários membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e três ministros do Executivo de Maduro, por solaparem a democracia e empreenderem atos de censura e corrupção.

Assim, o governo de Donald Trump elevou ainda mais a pressão sobre Caracas, após proibir em agosto as operações financeiras com novos títulos da dívida emitidos pelo governo de Maduro, que também foi pessoalmente alvo de sanções.

 

Fonte: Agência Brasil

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