24 de novembro, 2024

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EUA acusam Irã por ‘ataque complexo’ de houthis no Mar Vermelho, interceptado por forças americanas e britânicas

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou nesta quarta-feira o Irã de estar por trás da onda de ataques realizados por rebeldes houthis contra embarcações no Mar Vermelho, afirmando que Washington e outros países já deixaram claro a Teerã que o apoio a essas ações tem de parar. A afirmação foi feita depois de EUA e Reino Unido anunciarem que repeliram nesta quarta-feira um dos “maiores ataques” lançados até o momento pela milícia, que atua no Iêmen com apoio iraniano.

— Esses ataques contaram com a cumplicidade do Irã mediante tecnologia, equipamentos, inteligência, informação, e têm um impacto real na vida das pessoas — afirmou o chefe da diplomacia americana durante uma coletiva no Bahrein, sua última parada em um giro iniciado semana passada por Europa e Oriente Médio. — Como nós e outros países já deixaram claro, haverá consequências para as ações dos Houthis.

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HMS Diamond (Foto: Marinha Real Britânica)

Os EUA e aliados avaliam como impedir ataques da milícia contra navios comerciais no Mar Vermelho, lançados desde novembro em solidariedade ao Hamas em sua guerra contra Israel, iniciada em 7 de outubro. As agressões, feitas com drones e mísseis a partir da área controlada pelos houthis no Iêmen, forçaram as maiores companhias de navegação do mundo a afastar embarcações da região, criando atrasados e custos extras que vêm sendo sentidos pela alta de preços do petróleo e de outros produtos importados.

Na semana passada, o governo de Joe Biden e vários aliados disseram que fariam os houthis pagar pelos ataques, um alerta que sugeriu que Washigton pode considerar ações de retaliação no território houthi no Iêmen, disseram autoridades militares ouvidas pelo New York Times. Mas, em vez de recuarem, os houthis parecem ter aumentado suas ações.

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— Esses ataques são ilegais, inconsequentes e estimulam uma escalada — disse John F. Kirby, um dos porta-vozes da Casa Branca, acrescentando sem dar detalhes: — Faremos o que for necessário para proteger a navegação no Mar Vermelho.

Uma descrição apresentada pelo Departamento de Estado sobre o encontro que Blinken manteve com o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al Khalifa, diz que os dois discutiram os ataques houthis e a força naval multinacional com 12 países, criada em dezembro com participação para proteger o tráfego marítimo no Mar Vermelho e no Golfo de Áden.

Até agora, os EUA evitaram atingir posições houthis, apesar de o Pentágono ter elaborado planos de ataque com mísseis e drones contra bases e instalações onde lanchas usadas para atacar navios aparentemente estão atracadas. Em uma entrevista à televisão britânica, o ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, disse que Londres considera adotar uma ação militar se os houthis não interromperem suas agressões.

— A coisa mais simples a dizer é “fiquem de olho nesse espaço” — afirmou.

Na terça-feira, jatos do porta-aviões do Dwight D. Eisenhower e de outros quatro navios de guerra interceptaram “um ataque complexo” envolvendo 18 drones, dois mísseis de cruzeiro antinavais e um míssil balístico antinaval, disse o Comando Central dos EUA (Centcom) em um comunicado. Não há relatos de feridos ou danos, acrescentou.

“Os houthis apoiados pelo Irã lançaram um ataque complexo usando veículos aéreos não tripulados de ataque unidirecional projetados pelo Irã”, disse o Centcom.

“Durante a noite”, o navio britânico HMS Diamond, juntamente com navios de guerra americanos, “repeliram com sucesso o maior ataque até agora no Mar Vermelho por parte dos houthis, apoiados pelo Irã”, escreveu o ministro britânico da Defesa na rede social X.

Desde novembro, foram registrados mais de cem ataques de drones e mísseis no Mar Vermelho e Golfo do Áden, por onde passam cerca de 12% de todo o comércio marítimo mundial.

Fonte: G1

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