Anúncios
Estudos com ratos abriram a possibilidade para a elaboração de um novo tipo de comprimido de insulina que poderia evitar que milhões de diabéticos se submetam às injeções diárias, informaram pesquisadores nesta segunda-feira (25).
Ainda é necessário fazer mais pesquisas para que a pílula, criada por especialistas da Universidade de Harvard, possa ser testada em humanos, ou esteja disponível em escala mundial.
Anúncios
Até agora, o principal desafio para a sua elaboração tem sido encontrar um modo de preservar a proteína da insulina uma vez que entre em contato com os ácidos no estômago.
O medicamento experimental coloca a insulina dentro de um líquido, contido em uma cápsula de polímero que resiste aos ácidos do estômago, segundo descrição da Academia de Ciências.
Anúncios
Essa proteção se dissolve quando entra em contato com um ambiente alcalino no intestino delgado, permitindo que o líquido que contém a insulina seja liberado.
“Uma vez ingerida, a insulina deve atravessar uma corrida de obstáculos antes que seja efetivamente absorvida pela corrente sanguínea”, assinalou o autor do estudo Samir Mitragotri, professor de Bioengenharia em Harvard.
“Nossa abordagem é quase como um canivete suíço, já que o comprimido tem ferramentas para enfrentar cada um dos obstáculos que encontra”.
A pílula é de “fácil produção e pode ser conservada por até dois meses à temperatura ambiente sem se degradar”, indicou o estudo.
Os pesquisadores não detalharam quanto tempo levaria para iniciar os testes em humanos, mas podem ser anos. Ainda são necessários mais estudos em animais, além de análises sobre os possíveis efeitos tóxicos por seu uso em longo prazo.
Quarenta milhões de pessoas no mundo têm diabetes tipo 1, uma condição que requer a aplicação diária de injeções com insulina, uma substância que seu organismo não pode produzir por si só.
Segundo Mark Prausnitz, chefe de Química e Engenharia Molecular no Georgia Institute of Technology, a busca por doses de insulina para ser ingerida tem sido considerada o “Santo Graal” nas pesquisas de diabetes.
“As implicações deste trabalho na medicina podem ser enormes se as descobertas puderem ser transformadas em comprimidos que podem administrar segura e efetivamente a insulina e outras drogas nos humanos”.
Fonte: Yahoo!