25 de novembro, 2024

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Estudo indica que tomar sol auxilia na redução de gordura da barriga

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vitamina D é uma vitamina lipossolúvel que é armazenada nos tecidos gordurosos do corpo e do fígado. O que é único sobre a vitamina D é que nossos corpos produzem a maior parte quando expostos ao sol. Quando os raios UV-B fazem contato com a nossa pele, fornece energia para uma substância chamada 7-desidrocolesterol se converter em colecalciferol (vitamina D3).

“Você pode consumir fontes de vitamina D – como leite e derivados, além de alguns peixes como salmão, atum e sardinha –, mas ela só alcançará sua forma ativa (a vitamina D3) com a interação dos raios ultravioletas (UV)”, explica o endocrinologista Ronaldo Arkader, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

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“No Brasil, embora haja sol praticamente o ano todo, o uso de filtros solares pode limitar a disponibilidade da vitamina D”, diz a nutricionista Maria Fernanda Elias, mestre em saúde pública e doutoranda em nutrição humana aplicada pela Universidade de São Paulo (USP).

Devido à maior quantidade de melanina (um filtro solar natural) na pele, os negros são mais suscetíveis à deficiência. A obesidade também pode dificultar a absorção de vitamina D, já que o nutriente pode ficar preso no tecido adiposo, impedindo sua metabolização e utilização pelo organismo.

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8 benefícios da vitamina D

Por que precisamos de vitamina D? Esta vitamina desempenha vários papéis em todo o corpo, incluindo saúde óssea e cerebral, crescimento celular, função imunológica e muito mais.

Saúde óssea – O corpo precisa de vitamina D para absorver o cálcio, que é essencial para ossos e dentes saudáveis. A vitamina D também é necessária para ajudar o corpo a metabolizar o fósforo, outro mineral importante para a saúde dos ossos. Raquitismo uma condição caracterizada por ossos fracos e moles é causada por deficiência grave de D3.

Combate ao câncer – Embora a pesquisa seja um pouco limitada sobre como o D3 afeta o câncer. A pesquisa implica que a deficiência pode estar ligada a um maior risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, cólon, rim, estômago e ovário.

Desempenho cognitivo – A deficiência de vitamina D em idosos foi associada à diminuição dos níveis de desempenho cognitivo, bem como a alterações de humor e desempenho físico. Os pesquisadores descobriram uma forte ligação entre a demência, a doença de Alzheimer e a deficiência de vitamina D.

Função imunológica – A vitamina D é um poderoso proponente para aumentar a imunidade e proteger o corpo contra infecções. Este estudo mostra o risco aumentado ou infecções do trato respiratório para aqueles com deficiência de D.

Diabetes – Um estudo publicado no PLOS One Journal afirma que uma deficiência de vitamina D pode colocar as pessoas em maior risco de diabetes tipo 2.

Saúde do coração – Numerosos estudos ligaram a deficiência de vitamina D a insuficiência cardíaca e doença coronariana. A vitamina D é capaz de bloquear a ação de cCFU-Fs (fibroblastos formadores de colônias cardíacas), o que previne o acúmulo de tecido cicatricial e poderia impedir o desenvolvimento de um bloqueio.

Perda de cabelo / alopecia -Vitamina D promove o crescimento do folículo piloso, deficiência pode ser a origem de alguns casos de perda de cabelo. A deficiência de vitamina D é comum em pessoas com alopecia, bem como baixos níveis séricos de ferritina.

Excesso de gordura na barriga – Os níveis mais altos de gordura da barriga estão associados a níveis mais baixos de vitamina D em indivíduos obesos. Verificar seus níveis de vitamina D seria importante para evitar possíveis problemas de saúde.

Deficiência de vitamina D ligada à gordura da barriga

Pesquisadores do VU Medical Center e do Centro Médico da Universidade de Leiden (Holanda) focaram seu estudo em uma conexão entre obesidade e baixos níveis de vitamina D. O estudo incluiu milhares de mulheres e homens entre as idades de 45-65.

O estudo centrou-se na gordura total, tecido adiposo subcutâneo abdominal, gordura hepática (fígado) e tecido adiposo visceral. Ajustes foram feitos para uma variedade de fatores, como tabagismo, consumo de álcool, doenças crônicas e atividade física.

Descobriu-se que havia uma ligação com mulheres com gordura abdominal e gordura total e baixos níveis de vitamina D, enquanto níveis baixos de vitamina D em homens estavam associados com gordura abdominal e hepática. No entanto, em todos os casos, quanto maior a quantidade de gordura da barriga, mais baixos os níveis de vitamina D foram detectados.

Os resultados foram apresentados em Barcelona na reunião anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia, ECE 2018. Dr. Rachida Rafiq compartilha “A forte relação entre quantidades crescentes de gordura abdominal e níveis mais baixos de vitamina D sugere que indivíduos com cinturas maiores correm maior risco de desenvolver uma deficiência, e deve considerar ter seus níveis de vitamina D verificados. ”

Dr. Rafiq próximo passo está tentando determinar porque a correlação existe, ela também afirma que “Devido à natureza observacional deste estudo, não podemos tirar uma conclusão sobre a direção ou causa da associação entre obesidade e os níveis de vitamina D.”

Quanto vitamina D nós precisamos?

Há muito debate sobre o quanto de vitamina D é adequada. Os valores recomendados variam de acordo com o sexo, a idade e a saúde geral. Um exame de sangue simples – o 25-hidroxi vitamina D – pode detectar o problema e apontar o tamanho da deficiência.

Valores recomendados em unidades internacionais

Recentemente a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) anunciou a mudança do valor de referência da Vitamina D. Segundo a nota publicada pela Sociedade, até então o valor normal era acima de 30 ng/mL. Porém, atualmente estão sendo aceitos valores a partir de 20 ng/mL.

Ainda segundo o comunicado, pacientes que estão entre as dosagens de 20 a 30 ng/mL não necessitam de reposição da vitamina.

O posicionamento do Departamento após a alteração é de que:

• Maior do que 20 ng/mL é o desejável para população geral saudável;

• Entre 30 e 60 ng/mL é o recomendado para grupos de risco como idosos, gestantes, pacientes com osteomalácia, raquitismos, osteoporose, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes e renal crônica e pré-bariátricos;

•Entre 10 e 20 ng/mL é considerado baixo com risco de aumentar remodelação óssea e, com isso, perda de massa óssea, além do risco de osteoporose e fraturas;
Menor do que 10 ng/mL muito baixa e com risco de evoluir com defeito na mineralização óssea, que é a osteomalácia, e raquitismo.

• Os pacientes, nestes casos, apresentam dor óssea, fraqueza muscular e podem ter fraturas; e acima de 100 ng/mL é considerado elevado com risco de hipercalcemia (quando a quantidade de cálcio no sangue é maior do que o normal) e intoxicação.

Pró-hormônio, produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele, a vitamina D pode ser encontrada em alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ou em cápsulas ou comprimidos.

Em alguns casos de deficiência de vitamina D o paciente pode ser assintomático. Quando os sintomas aparecem é importante ficar atento à fadiga, fraqueza muscular e dor crônica.

É importante notar que a quantidade diária recomendada é o valor mínimo para evitar doenças, não é a quantidade ideal. Muitas pessoas acreditam que as quantidades de D3 devem ser maiores, por isso é importante fazer um exame de sangue para determinar seus níveis de vitamina D e determinar uma dosagem adequada para você.

Conclusão

Este estudo foi observacional, portanto, nenhuma conclusão clara pode ser traçada entre obesidade e baixos níveis de vitamina D. Embora tenha limitações, a vitamina D é importante para muitas funções corporais saudáveis.

Isso não significa que você pode simplesmente tomar um suplemento e ter sua gordura corporal desaparecendo. Devido à natureza correlacional do estudo, pode ser plausível que estar ativo ao sol (também significando uma maior produção de vitamina D) poderia levar a menores porcentagens de gordura corporal. A melhor maneira de obter vitamina D adequada é passar o tempo ao ar livre com a exposição solar segura. Adicione suplementos, se necessário, especificamente D3, que é mais facilmente absorvido pelo organismo do que D2.

Tome apenas altas doses de D sob a supervisão do seu médico. Tomar uma dose muito alta pode fazer com que o fígado produza (OH) D, o que faz com que o cálcio se acumule na corrente sanguínea. Os efeitos colaterais podem incluir náusea, constipação, aumento da sede, dor abdominal e perda de apetite.

Fonte: Revista Saber e Saúde

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