27 de julho, 2025

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Estudo da Unesp de Botucatu revela maior eficácia de tratamento contra HIV em idosos

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Pesquisa realizada na FMB/Unesp mostra que pessoas com 50 anos ou mais têm melhor resposta à terapia antirretroviral do que adultos mais jovens

Uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/Unesp) revela que idosos vivendo com HIV têm melhores resultados com a terapia antirretroviral (TARV) do que pessoas mais jovens. O estudo foi realizado entre 2021 e 2023 com mais de mil pacientes atendidos pelo Serviço de Ambulatórios Especializados de Infectologia “Domingos Alves Meira” (SAEI-DAM), unidade da Famesp.

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Coordenada pelo Prof. Dr. Alexandre Naime Barbosa e pela Profa. Dra. Karen Ingrid Tasca, a pesquisa de mestrado da aluna Pietra Vivian Stanicki foi recentemente aceita para publicação em uma revista científica internacional de alto impacto.

Os participantes foram divididos em dois grupos: adultos com menos de 50 anos e idosos com 50 anos ou mais. Entre os idosos, 89,8% conseguiram controlar a carga viral no sangue, contra 83,3% dos mais jovens. A taxa de falha virológica também foi menor entre os mais velhos (2,5%, contra 10,1%), indicando uma resposta superior ao tratamento.

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O estudo destacou ainda a eficácia de esquemas terapêuticos mais simples e modernos, como a combinação de lamivudina (3TC) com dolutegravir (DTG) ou darunavir com ritonavir (DRV/r), que apresentaram ótimos resultados especialmente entre os idosos.

Segundo o professor Alexandre Naime Barbosa, infectologista e diretor de assistência do SAEI-DAM, o envelhecimento da população com HIV é um fenômeno crescente e merece atenção. “Mais de 50% dos nossos pacientes já têm 50 anos ou mais. Além disso, eles estão respondendo melhor ao tratamento, o que é um avanço significativo”, afirma.

A autora do estudo, Pietra Stanicki, reforça que, mesmo em um cenário de polifarmácia – quando o paciente faz uso de vários medicamentos –, os idosos mostraram segurança e eficácia com os esquemas modernos. “Queremos seguir aprofundando as investigações sobre os marcadores inflamatórios e a qualidade de vida dessa população que está envelhecendo com HIV”, conclui.

A pesquisa reforça a importância da adesão ao tratamento e da personalização do cuidado, especialmente diante do aumento de pessoas mais velhas vivendo com HIV no Brasil.

#Botucatu #Saúde

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