19 de novembro, 2024

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Estudo da Unesp de Botucatu aponta que gestantes brasileiras não possuem alimentação adequada

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A maior parte das gestantes brasileiras precisa de orientação nutricional para desenvolver uma alimentação saudável durante a gestação. Entre os principais problemas encontrados por especialistas da UNESP de Botucatu, em um estudo que revisou diversas pesquisas realizadas com gestantes de diversas regiões do país em todas as faixas etárias, estão o baixo consumo de frutas, verduras e hortaliças e a ingestão excessiva de alimentos ricos em açúcar, doces e gordura.

Ter uma alimentação saudável traz uma série de benefícios para as pessoas que gestam e também para o desenvolvimento fetal. Entre os principais estão um melhor preparo do organismo para o parto e lactação, além de fornecer uma série de nutrientes importantes para o bebê em desenvolvimento.

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 Em entrevista ao portal Nestlé Baby & Me, a obstetra Dra. Helena Cossich conta quais são os grupos alimentares mais importantes durante a gestação.

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Alimentos ricos em ácido fólico

A suplementação de ácido fólico na gravidez ajuda no funcionamento do sistema nervoso central. Essa vitamina faz parte do complexo B e participa em várias funções no organismo, principalmente na formação das células responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento humano. Além disso, o ácido fólico é importante também para manter a saúde do cérebro.

São alguns exemplos de alimentos ricos em ácido fólico:

  • Hortaliças verde escuras (espinafre, brócolis, aspargo, couve) e outros vegetais, como a beterraba e as cenouras;
  • Carnes vermelhas, fígado de vitela;
  • Miúdos de aves, fígado;
  • Gema de ovo;
  • Leguminosas (feijão, grão, milho, lentilhas);
  • Frutas (laranja);
  • Frutas, legumes e verduras

Esses alimentos são ótimos pela série de nutrientes que contemplam. Além do baixo teor calórico, agregam minerais e vitaminas que são benéficos ao organismo da gestante.

Helena Cossich ainda destaca que a grávida deve tomar alguns cuidados especiais antes do consumo desses alimentos, principalmente se forem ingeridos crus, pois é necessário que sejam bem higienizados a fim de evitar quaisquer tipos de contaminação e doenças. “Tem que tomar cuidado com alimentos crus: legumes, verduras e frutas. Evitar comer na rua, porque a gente não sabe como é feita a higienização. Dar preferência para legumes cozidos. Em casa, você consegue fazer a higienização, aí você pode comer esses legumes crus”, ressaltou a ginecologista.


Comida japonesa também pode

A Dra. Helena Cossich comenta que muitas de suas pacientes têm dúvidas sobre o consumo de peixes crus, típicos da comida japonesa e ressalta que é necessário tomar alguns cuidados.

“Todo mundo fica na dúvida sobre comida japonesa, mas a comida japonesa de boa procedência pode. A gente fica com medo da carne dar toxoplasmose, e isso não acontece no peixe. O peixe, na verdade, a gente tem medo da difilobotríase, que é a tênia do peixe e é rara. Então peixe de boa procedência geralmente não tem problema”, responde a especialista.

A toxoplasmose é uma doença que pode ser adquirida pela ingestão de carnes cruas ou malpassadas, com hospedeiros intermediários que contêm cistos do parasita. Além disso, também pode ser contraída pelo consumo de água, frutas e verduras cruas que abriguem os ovos do Toxoplasma gondii.

O que grávidas devem evitar comer

A nutricionista Cheila Terence reforça a necessidade de evitar carnes cruas em função da toxoplasmose. “Alimentos crus ou carnes malpassadas devem ser evitados porque podem conter uma leva de bactérias que não são favoráveis à saúde do bebê e muito menos para a própria mãe”, disse.

A fala vai ao encontro da orientação dada pela Dra. Helena Cossich, de que “a carne não precisa estar torrada, mas precisa estar bem cozida”.

A orientação de evitar alimentos malcozidos não se restringe apenas às carnes. Em relação aos ovos, por exemplo, a presença da bactéria Salmonela no ovo cru pode causar intoxicação alimentar e consequências graves para mãe e filho.

Alerta para grávidas que fazem jejum

As mulheres que fazem jejum intermitente precisam tomar cuidado com períodos prolongados sem comer. É o que alerta a Dra. Cossich. Segundo ela, essa prática pode até piorar os enjoos, distúrbio que é muito frequente durante a gestação.

“Às vezes, esses períodos prolongados de jejum pioram o próprio enjoo, porque o trato gastrointestinal na gestação lentifica. Por isso, muitas mulheres têm azia. Então, ficar muito tempo em jejum, por mais que pareça estranho, pode piorar essa sensação”, disse a especialista, que também recomenda evitar deitar-se logo após comer.


Terra

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