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O recorde de longevidade da francesa Jeanne Calment, falecida oficialmente aos 122 anos em 1997, é válido, de acordo com um estudo científico publicado nesta segunda-feira (16) pelo geriatra e epidemiologista François Herrmann, dos hospitais universitários de Genebra.
A pesquisa é baseada em novos documentos e modelos matemáticos que descartam uma possível fraude apontada em 2018 por pesquisadores russos.
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Segundo eles, a tese de que a francesa, que ficou famosa no final do século XX por sua idade avançada, não era Jeanne, mas sua filha, Yvonne Calment, “é infundada”. A afirmação foi feita por pesquisadores suíços e franceses em um artigo publicado no “Journal of Gerontology”.
Para sustentar suas conclusões, os autores recuperaram vários documentos históricos, incluindo um artigo publicado na imprensa local em 1934 em Arles – onde Calment morava. De acordo com o artigo, uma “multidão” compareceu ao funeral de Yvonne, filha de Jeanne, que morreu aos 36 anos.
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Os pesquisadores suíços acham difícil de imaginar que nenhuma testemunha não tenha notado a fraude de identidade, que teria necessitado da cumplicidade de dezenas de pessoas. Todos os documentos encontrados descartam a hipótese russa.
Idade de Jeanne Calment é “crível”
O estudo analisa outro argumento dos pesquisadores russos, que consideravam estatisticamente impossível para um ser humano viver 122 anos.
Ao estudar a longevidade de todas as pessoas nascidas na França em 1875 e 1903, os pesquisadores calcularam que um centenário tinha uma em dez milhões de chances de atingir a idade de 122 anos.
Uma probabilidade baixa, mas que não torna a idade de Jeanne Calment menos “crível”, de acordo com um dos co-autores da pesquisa.
Fonte: Yahoo!