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A estiagem está afetando o transporte de carga na hidrovia Tietê-Paraná, um dos principais meios de escoamento da produção agrícola dos estados da região centro-oeste e sudeste do país.
No porto intermodal de Pederneiras apenas 20% das embarcações estão em operação e a capacidade de carga delas foi reduzida para poder navegar pelo trecho do Rio Tietê, que está no nível mínimo, 2,20 metros de profundidade.
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Para poderem passar no trecho de Buritama, as barcaças estão dependendo que a usina hidrelétrica de Nova Avanhandava libere mais água para provocar as chamadas “ondas de vasão”’, quando o nível da água aumenta por algum tempo e as barcaças não encalham.
Cerca de 30 embarcações estão paradas no porto de Pederneiras desde junho, quando começou o período de estiagem. A situação que já está crítica pode piorar.
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Em julho, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que, a partir de agosto, a hidrovia Tietê-Paraná pode ter a movimentação de cargas interrompida em função da necessidade de reservar recursos hídricos para a geração de energia elétrica.
A medida afetará a logística do agronegócio, impedindo escoamento de grãos e subida de insumos pelos rios. E isso pode chegar até o consumidor, já que a alternativa rodoviária é mais custosa para produtor rural.
Escoamento da produção agrícola
A hidrovia tietê-paraná é uma das principais vias de escoamento da produção agrícola dos Estados de São Paulo; Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Parte De Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.
Ela tem 2,4 mil quilômetros de extensão, e liga o porto de São Simão, em Goiás, ao Porto Intermodal de Pederneiras, no Centro-Oeste Paulista. No porto intermodal é feito o transbordo e os produtos seguem de trem até o porto de Santos.
Atualmente há um sistema de vazão em ondas que ainda possibilita o funcionamento parcial da hidrovia. A água é acumulada e depois solta, proporcionando ondas e aumentando a profundidade do rio. Esse é o sistema que deve ser interrompido, acumulando assim mais água para a geração de energia e impossibilitando o transporte no rio.
Demissões
Nos últimos, cerca de 30% dos funcionários do porto em Pederneiras foram demitidos e se houver a paralisação da navegação de carga neste mês o sindicato da categoria acredita que os 300 funcionários que atuam no porto em Pederneiras podem ser demitidos.
Fonte: G1 – Foto: TV TEM / Reprodução