25 de novembro, 2024

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Estados Unidos lidam com sistema migratório ‘falido’, diz secretário

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Os Estados Unidos estão lidando com um sistema migratório “falido”, disse, nesta quarta-feira (27), o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, que deseja mais agentes fronteiriços diante da onda de migrantes que deve piorar com o fim da regra sanitária que permite expulsá-los quase todos.

O governo do democrata Joe Biden quer revogar, em 23 de maio, a regra conhecida como Título 42, e que se aplica desde o começo da pandemia para expulsar de imediato quase todos os imigrantes irregulares.

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Contudo, um tribunal pode atrapalhar seus planos com uma ordem de restrição temporária que impede o governo de tomar medidas antes da audiência judicial de 13 de maio, que determinará se é possível suspender o Título 42 ou não.

O Escritório de Alfândega e Segurança Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês) dos Estados Unidos reportou 7.800 detenções de imigrantes irregulares por dia ao longo da fronteira com o México nas últimas três semanas, um número quase cinco vezes maior que a média de 2014-2019, antes da pandemia.

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“Herdamos um sistema falido e desmantelado que já está sob pressão. Não está desenhado para administrar os níveis e tipos atuais de fluxos migratórios”, disse Mayorkas à Subcomissão de Dotações da Câmara dos Representantes sobre Segurança Interna ao fazer um apelo ao Congresso para que aprove as reformas no longo prazo.

Mayorkas criou um plano para aumentar o pessoal fronteiriço, as ações contra os traficantes de pessoas, a capacidade de prisão daqueles que não são aceitos no território americano, ajudar as ONGs que se ocupam dos solicitantes de asilo e acelerar o processamento desses casos para reduzir para menos de um ano o tempo que um imigrante leva para receber o asilo. Atualmente a média é de entre 6 e 8 anos, segundo ele.

‘Levará tempo’

“Solicitei recursos para contratar 300 novos agentes da patrulha fronteiriça, o primeiro aumento desde 2011”, afirmou o secretário de Segurança Interna.

O aumento de imigrantes “colocará à prova” o nosso sistema, disse. “Levará tempo e necessitamos da colaboração do Congresso, dos funcionários estatais e locais, das ONGs e das comunidades”, para ter sucesso.

Desde que o Título 42 começou a ser aplicado em março de 2020, quando o republicano Donald Trump estava no poder, foram registradas mais de 1,7 milhão de expulsões de imigrantes. Alguns tentaram voltar a entrar, por isso foram expulsos várias vezes.

A decisão de abandonar o Título 42 foi tomada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que estimam que a medida “não é mais necessária”.

Se a regra for revogada, os imigrantes podrão solicitar uma entrada humanitária sob o Título 8, o que, segundo algumas vozes, favorecerá a entrada de milhares de migrantes que poderão permanecer no país enquanto suas solicitações são analisadas.

O Congresso poderia exigir uma votação para restabelecer a medida, condicionando-a à aprovação de qualquer parcela do alívio contra a covid-19.

O secretário de Saúde dos EUA, Xavier Becerra, disse hoje, durante sabatina na subcomissão de Saúde da Câmara de Representantes, que utilizar o Título 42 para tratar da imigração é “como usar uma faca para fazer um trabalho que faria com uma chave de fenda”.

Por outro lado, Mayorkas reiterou nesta quarta-feira o seu desacordo com os Protocolos de Proteção ao Migrante (conhecidos como “Fique no México” ou MPP), que obrigam os solicitantes de asilo a esperar a resolução de seus casos do outro lado da fronteira e que o governo Biden seja obrigado a manter por decisão judicial.

O secretário de Segurança Interna afirmou ter recebido um relatório que informa sobre “mais de 1.500 incidentes de assassinato, estupro, tortura e outros crimes cometidos contra pessoas que estavam sujeitas ao programa ‘Fique no México'”.

Fonte: Yahoo!

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