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O estado de São Paulo registrou 211 novas mortes por coronavírus em 24 horas nesta quinta-feira (23) e o número total subiu para 1.345 desde o início da pandemia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Também já são 16.740 casos confirmados da doença no estado.
Isso não significa, no entanto, que as mortes aconteceram necessariamente de um dia para o outro, já que os dados precisam ser incluídos em um sistema e há a liberação de resultados de testes que foram realizados anteriormente. Na quarta-feira (22), o Governo de São Paulo anunciou que zerou a fila de 17 mil amostras represadas e que o processamento deve acontecer agora em até 48 horas.
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“Porque esse salto no número de óbitos? Durante o feriado prolongado até ontem, o número de óbitos parecia modesto, aumento que era 3,5% se não estou enganado. E hoje temos um aumento importante, porque o sistema e os cartórios onde chegam os óbitos, eles funcionam de uma forma mais lenta durante o feriado prolongado e houve atualização dos números”, afirmou Paulo Menezes, Coordenador de Controle de Doenças.
Segundo a secretaria, 256 municípios têm pelo menos um caso confirmado da doença e 114 cidades já registraram pelo menos uma morte. A maioria das mortes ainda se concentra na capital, com 912 registros. No entanto, o número de óbitos cresceu 21 vezes no interior, litoral e outras cidades da Grande São Paulo. Balanço desta quinta aponta 433 mortes nessas regiões. No dia 1º de abril, eram apenas 20 mortes fora da cidade de São Paulo.
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Há um aumento expressivo nas internações por Covid-19, com 7.003 suspeitos e confirmados nos hospitais de São Paulo – 2.807 internados em UTI e 4.196 em enfermaria. Na quarta-feira (22), o número total de internados por suspeita ou confirmação era de 6.163.
A taxa geral de ocupação nas UTI de hospitais públicos e privados do estado é de 55,3% (4.342 leitos) e na enfermaria de 37,4% (8.960 leitos). Já na Grande São Paulo, a taxa de ocupação de UTI é de 74% (2.469 leitos) e de 57,8% nas enfermarias (4.479 leitos).
Vários hospitais de referência já estão com o sistema sobrecarregado. A taxa de ocupação das UTIs dos hospitais mais procurados na Região Metropolitana varia entre 96% no Instituto Emílio Ribas e 89% no Hospital Mário Covas de Santo André.
Hospitais com maior taxa de ocupação
- Instituto de Infectologia Emílio Ribas: UTI 96%; enfermaria 64%
- Hospital das Clínicas de São Paulo: UTI 93,5%; enfermaria 69%
- Hospital Geral de Carapicuíba: UTI 89%; enfermaria 64%
- Hospital Regional de Cotia: UTI 78%; enfermaria 46%
- Hospital Estadual Mário Covas de Santo André: UTI 89%; enfermaria 43%
Isolamento social
A taxa de isolamento social no estado de São Paulo caiu para 48% quarta-feira (22), de acordo com o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi) do governo estadual. O ideal para conter a propagação do vírus, segundo as autoridades de saúde, é que o valor chegue a 70%, taxa nunca alcançada no estado.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que pode rever a flexibilização da quarentena nas cidades que tiverem taxas de isolamento inferiores a 50%. A reabertura gradual da economia no estado deve acontecer a partir do dia 11 de maio.
Fonte: G1