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Esqueletos de duas pessoas jovens – uma do sexo masculino e outra, do feminino – foram achados durante escavações na região montanhosa de Karaganda, na ex-república soviética do Cazaquistão, na Ásia Central.
Encontrados de frente um para o outro, os esqueletos logo foram chamados de “Romeu e Julieta”. Eles tinha idade de 16 ou 17 anos quando foram enterrados em “posição romântica” cerca de 4 mil anos atrás. De acordo com arqueólogos, os dois jovens seriam de famílias nobres.
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O casal foi enterrado abraçado para a jornada ao “além”, de acordo com a crença da civilização à qual pertenciam. Os arqueólogos ainda não determinaram do que “Romeu e Julieta” morreram.
No túmulo pré-histórico foram achadas peças de ouro e bronze. A jovem mulher usava dois braceletes em cada punho e exibia pingentes solares, além de anéis e brincos com argolas de ouro.
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Próximo ao túmulo de “Romeu e Julieta” foi achado um outro jazigo.
“Uma mulher foi enterrada com sete potes, cinzas e um crânio”, explicou o arqueólogo Igor Kukushkin, de acordo com o “Sun”. “O túmulo não foi roubado, embora muitos outros vizinhos tenham sido saqueados. Provavelmente ficaram com medo. Sete potes não são comuns. Provavelmente ela era uma sacerdotisa”, acrescentou ele, sem determinar se os dois achados têm alguma ligação.
Em julho do ano passado, um túmulo de 5 mil anos foi encontrado na mesma região. Nele, um par de esqueletos do que parece ser um casal de apaixonados, o que levou também à comparação com o famoso casal da tragédia de William Shakespeare.
De acordo com Kukushkin, responsável pela escavação, os esqueletos estavam deitados lado a lado, de “conchinha”, como se tivessem vivido e falecido juntos, por isso, a alusão a “Romeu e Julieta “. Ele explicou que, apesar da origem do casal ainda ser desconhecida, há especulações de que o homem tenha sido um guerreiro da Idade do Bronze, por estar enterrado junto de uma adaga de metal.
Já a mulher foi encontrada com muitas joias, incluindo pulseiras feitas com pedras preciosas verdes. O casal foi identificado em uma sepultura escondida no meio de entulho de pedras e estava próximo a carcaças de dois cavalos.
Kukushkin afirmou acreditar que o casal tenha protagonizado uma história de amor com fim trágico, pois tudo indica que tenham realizado o “último sacrifício” para morrerem e serem sepultados juntos.
O arqueólogo ressaltou que na Era do Bronze as pessoas costumavam crer que mediante sacrifícios de morte, principalmente no campo amoroso, encontrariam com a pessoa amada no “além”.
Fonte: Extra