15 de novembro, 2024

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Especial Botucatu 165 anos: EECA – a imponência do ensino na “Terra das Boas Escolas”

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Um dos principais títulos que Botucatu pode conquistar com orgulho é o de ser a terra das Boas Escolas. Seja no ensino fundamental, médio e superior, a Cidade se tornou referência na educação. E isso é representado por escolas que, ao longo dos anos, se tornaram tradicionais no município. É impossível pensar em educação sem citar a Escola Estadual Cardoso de Almeida, sediada no chamado Centro Histórico.

Com um dos mais imponentes e chamativos prédios públicos de Botucatu, a escola, popularmente conhecida por EECA, é um dos mais importantes prédios públicos de Botucatu. Inaugurado em 24 de maio de 1916, o complexo tornou-se o segundo espaço destinado exclusivamente à educação no município. Sua arquitetura segue o chamado ecletismo maduro- estilo arquitetônico que prima pela mistura de diversos outros estilos, servindo como transição entre o final do século XIX e XX.

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A escola foi fundada por Amando de Barros, Cardoso de Almeida, Raphael de Moura Campos e Rubião Júnior e Martinho Nogueira, sendo seu primeiro diretor.  Entre suas principais atribuições, já foi Escola Normal Primária, além de ser Instituto de Educação. Atualmente prima pelo Ensino Médio da rede estadual de ensino. É a maior escola da região de Botucatu, concentrando mais de 1200 alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio, além de compartilhar espaço para a qualificação profissional, em parceria com a Escola Técnica Estadual “Domingos Minicucci Filho”, a Industrial.

A EECA, mais do que ensinar, é parte irretocável da História de Botucatu. Passaram pelas salas de aula alunos (as) que se tornaram relevantes na sociedade botucatuense, exercendo importantes cargos políticos e na economia local. O largo da escola, por exemplo, também serviu para manifestações culturais, cívicas e que hoje se tornaram relevantes para a Cidade, como quando da ocupação de Botucatu pelas tropas gaúchas durante a Revolução Constitucionalista de 1932, onde as mesmas ficaram acampadas em frente à escola.

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Por sua relevância educacional e histórica, o prédio foi tombado como patrimônio pelo Conselho do Patrimônio Histórico Artístico Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), tendo o entorno preservado por lei. Entre seus atrativos, a escola preserva boa parte de suas instalações históricas, entre elas o salão nobre e a sala de conferência, o anfiteatro e as escadarias e os vitrais instalados pelos corredores. Também chama a atenção o hall de entrada que contém registros de décadas do prédio, bem como o busto de seu fundador. No entorno, mais preservação da própria história brasileira: um busto de Duque de Caxias, um dos defensores da Independência do Brasil.

No entanto, o que mais chama a atenção neste complexo é o porão, totalmente restaurado e que abriga um museu, responsável pela preservação de objetos que mostram a evolução do espaço. As paredes, por exemplo, contém tijolos originais da obra, no final do século XIX. A iniciativa em reunir objetos, fotografias e documentos e organizá-los, foi de Luiz Fernando dos Santos, funcionário da escola.

Os alunos ingressantes na instituição e de outras escolas têm visita monitoradas para conhecer um pouco mais deste espaço relevante de Botucatu. Visitas à escola e também ao museu ocorrem mediante agendamento.

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