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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) caracteriza-se por dificuldades de atenção, impulsividade e hiperatividade, podendo impactar significativamente a vida diária da pessoa que convive com essa condição. O TDAH não é apenas uma questão de falta de concentração ou comportamento agitado, é um distúrbio complexo, com bases genéticas e neurológicas, que se manifesta de diferentes maneiras em cada indivíduo, desde a predominância de sintomas de desatenção até hiperatividade ou comportamentos impulsivos.
A coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Luana Galleano Mello, ressalta que o TDAH pode estar associado a dificuldades emocionais, como ansiedade e baixa autoestima, podendo também interferir na vida acadêmica, profissional e nas relações sociais. “É importante destacar que o TDAH não é causado por falta de disciplina ou má criação, como acaba algumas vezes sendo associado. Trata-se de um desequilíbrio neuroquímico no cérebro, que afeta a regulação da atenção, impulsividade e controle motor. Embora o transtorno não tenha cura, existem estratégias de tratamento eficazes para gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas”.
O tratamento do TDAH envolve uma abordagem multimodal, ou seja, inclui psicoterapia, orientação educacional e, em alguns casos, medicamentos. A Psicoterapia cognitivo Comportamental é a mais indicada pois pode auxiliar no desenvolvimento de habilidades de organização, planejamento, gestão do tempo e controle dos impulsos. O suporte psicológico também é fundamental para lidar com a frustração, ansiedade e autoestima, proporcionando um ambiente de apoio emocional.
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Além do tratamento profissional, a Luana separou 4 dicas que podem ajudar a lidar com os desafios do TDAH.
Estabeleça rotinas diárias: Planejar as suas atividades pode ajudar a criar estrutura e minimizar a sensação de sobrecarga. Utilize agendas, listas de tarefas e lembretes para ajudar a manter-se organizado.
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Pratique exercícios físicos: A prática regular de atividades físicas está associada a melhorias na atenção, concentração e redução dos sintomas do TDAH. Encontre uma atividade que você goste, como caminhadas, corrida, ioga ou dança, e faça dela uma parte regular da sua rotina diária.
Utilizar técnicas de gerenciamento do estresse: A prática de meditação e a técnica de respiração profunda tem com o objetivo ajudar a acalmar a mente, reduzir a ansiedade e melhorar a capacidade de concentração.
Dividir tarefas em etapas menores: O TDAH pode tornar as tarefas mais simples em algo grande e complexo demais. Para facilitar, divida-as em etapas menores e mais gerenciáveis. Isso ajudará a manter o foco e a motivação, além de proporcionar uma sensação de progresso conforme cada etapa é concluída.
A educação e a conscientização também são essenciais, tanto para a pessoa com TDAH quanto para seus familiares, amigos, educadores e colegas de trabalho, para que haja uma compreensão adequada das necessidades e desafios enfrentados. “É importante lembrar que cada pessoa com TDAH é única, e o tratamento deve ser individualizado, considerando suas necessidades específicas. Com o apoio adequado, compreensão e estratégias de gerenciamento, as pessoas com TDAH podem alcançar seu potencial, desenvolver suas habilidades e levar uma vida plena e satisfatória. A chave está em buscar ajuda profissional, trabalhar em conjunto e construir um ambiente de apoio que valorize as fortalezas e possibilidades de cada pessoa”, destaca a coordenadora.
Cléo usou as redes sociais no último sábado (8) para falar sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Em um vídeo curto, a atriz contou que passou a vida procurando explicações para certos comportamentos que tinha até conseguir, de fato, um diagnóstico.
“Eu tenho visto que recentemente as pessoas têm falado muito mais sobre TDAH e pra quem não sabe eu passei a vida lutando porque eu tinha certos comportamentos, porque a minha cabeça não funcionava da forma que as pessoas diziam que ela teria que funcionar”.
Segundo Cleo, o diagnóstico a fez entender várias questões pessoais e profissionais. “Foi aí que eu descobri que na verdade eu sou TDAH. É sempre um estranhamento quando a gente recebe um diagnóstico relacionado a um transtorno mental, né? Mas também é uma libertação porque as coisas vão fazendo mais sentido, vão se encaixando. Uma pessoa com TDAH, por exemplo, se desliga fácil de alguma conversa ou atividade, porque ela se distrai com estímulos externos muito facilmente”.