01 maio, 2024

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Ensaio sobre vida extraterrestre escrito por Winston Churchill é descoberto nos EUA

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A astronomia pode não ser a prática pela qual o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill é mais lembrado, mas um tratado que ele escreveu sobre a vida extraterrestre revelou sua perspicácia científica seis décadas depois.

Entre governar a Grã-Bretanha e ajudar os Aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial, Churchill foi um dos primeiros a teorizar sobre outras regiões do Universo nas quais as condições podem ser propícias para abrigar a vida.

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Trechos de seu ensaio “Estamos Sozinhos no Universo?” foram trazidos à luz nesta quarta-feira (15), na revista científica “Nature”.

“Não sou suficientemente presunçoso para pensar que meu sol é o único com uma família de planetas”, escreveu Churchill no documento ao que o astrofísico Mario Livio teve acesso no ano passado no Museu Nacional Churchill dos Estados Unidos, em Fulton, Missouri.

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Deve haver muitos outros planetas, concluiu, do “tamanho certo para manter (…) água e possivelmente uma atmosfera” e “a uma distância apropriada do seu sol para manter uma temperatura adequada”.

Este conceito ficou conhecido, mais tarde, como a “zona habitável” de uma estrela.

Para se qualificar, um planeta tem que orbitar a sua estrela a uma distância longe o suficiente para que a água não evapore pelo calor solar, e perto o suficiente para que não congele.

Churchill redigiu o primeiro rascunho do documento em 1939, quando a Europa estava à beira da guerra, e revisou-o no final dos anos 1950, quando visitou seu editor em uma aldeia no sul da França, disse Livio.

Acredita-se que o trabalho nunca havia sido publicado ou submetido a escrutínio científico ou acadêmico.

“O que é extraordinário é a sua linha de raciocínio, ele pensa sobre o problema como um cientista”, disse Livio à AFP.

Correspondente de guerra e soldado transformado em político, Churchill também era conhecido por seu amor à ciência. Ele escreveu ensaios e artigos nos anos 1920 e 1930 sobre temas como evolução, biologia celular e energia de fusão.

Como primeiro-ministro, financiou laboratórios, telescópios e o desenvolvimento de tecnologias que geraram muitas descobertas.

Até agora, não se sabia que a astrofísica era um de seus campos de interesse científico.

“Em uma época em que um grande número de políticos evitam a ciência, me comove recordar um líder que se envolveu com ela tão profundamente”, escreveu Livio na Nature.

A busca por planetas potencialmente habitáveis em outras partes do Universo começou décadas após as reflexões de Churchill sobre o tema.

Em 2015, pesquisadores calcularam que a Via Láctea pode ser o lar de bilhões de planetas que orbitam na zona habitável das suas estrelas.

Fonte: G1

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