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O drone ARP Caçador está sendo desenvolvido em Botucatu pela Avionics Services e faz parte do produto Estratégico de Defesa que vem sendo desenvolvido pelo Governo Brasileiro, há alguns anos, para criar uma cadeia produtiva de equipamentos de defesa. A Embraer, por exemplo, faz parte desse programa estratégico de defesa nacional.
Desde o início da parceria entre a IAI (Israel Aeroespace Industries) e a Avionics Services, peças e equipamentos do drone vêm sendo nacionalizados pela Avionics, que é uma empresa especializada em produção de aviônicos e outros equipamentos de controle e segurança de voo. O trabalho de desenvolvimento do produto aeronáutico de voo não tripulado ocorre há cerca de 4 anos.
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O drone que poderá equipar a Policia Ambiental, assim como outras forças de segurança, como Policia Federal e as Forças Armadas, pode decolar com até 1.270 quilos e tem capacidade de carga de 250 kg para as mais variadas situações de operações. A Avionics tem 21 anos de experiência no mercado civil e militar e desenvolve e certifica diversos equipamentos militares e civis.
O drone Caçador é muito semelhante a um avião, só que é controlado a distância, pela banda larga SATCOM, via satélite
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A Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo realizou testes, no início de março, com um drone produzido em Botucatu, pela empresa Avionics Services do Brasil, desenvolvido em parceria com a IAI – Israel Aeroespace Industries Ltd, modelo Caçador, baseado no UAV Heron. Os testes foram realizados na região da represa do Rio Bonito e simulou operações de identificação de veículos durante o dia e a noite.
O drone Caçador é diferente dos drones usados em Botucatu pela Guarda Civil Municipal. O Caçador precisa de pista de pouso e decolagem, pois o aparelho é do tamanho de um avião de porte pequeno.
O drone vem sendo desenvolvido em Botucatu, na sede da empresa, no Aeroporto Tancredo Neves. Além da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, a Avionics também negocia com as Forças Armadas e com a Polícia Federal a venda de unidades.
Ele é muito semelhante a um avião, só que é controlado a distância, pela banda larga SATCOM, via satélite, com captação e transmissão de imagens e dados de uma cabine digital, que pode ficar até mil quilômetros de distância do drone. O Caçador pode voar mais de 40 horas consecutivas a uma altitude de 30 mil pés. Segundo divulgou a Polícia Militar Ambiental, o equipamento poderá cobrir o Estado de São Paulo com seus 246.209 quilômetros quadrados de área.
Nos testes feitos em Botucatu, o equipamento utilizou câmeras de longo alcance com imagens de infravermelho e termográfico, podendo gravar a noite e identificar pessoas cometendo atos infracionais e criminosos, usando modelos georreferenciados e tridimensionais de terras, estruturas, construções e terrenos. O aparelho é usado em diversos países como equipamento de espionagem e segurança de fronteira.
A Polícia Ambiental informou que o uso do equipamento está em testes, mas considerou na nota divulgada à imprensa, ser possível utilizar o drone na corporação. Durante a operação em Botucatu foi localizada uma operação suspeita à noite, com um trator às margens de um leito de água, área de proteção ambiental, e movimentações de barcos em situação costeira duvidosa, na represa do Rio Bonito, entre Botucatu e Dois Córregos.
Completando a operação de testes, após identificados os casos suspeitos, uma equipe em terra esteve no local apontado pelas coordenadas georreferenciadas e identificou que o trator flagrado no teste não tinha autorização para operar naquele local.
Fonte: Jornal Leia Notícias – Por Haroldo Amaral