05 de novembro, 2024

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Empresa de Botucatu produz drone para Polícia Ambiental do Estado e negocia com as Forças Armadas

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O drone ARP Caçador está sendo desenvolvido em Botucatu pela Avioni­cs Services e faz parte do produto Estratégico de Defesa que vem sendo de­senvolvido pelo Governo Brasileiro, há alguns anos, para criar uma cadeia pro­dutiva de equipamentos de defesa. A Embraer, por exemplo, faz parte desse programa estratégico de defesa nacional.

Desde o início da parceria entre a IAI (Israel Aero­espace Industries) e a Avionics Services, peças e equipamentos do drone vêm sendo nacionalizados pela Avionics, que é uma empresa especializada em produção de aviônicos e outros equipamentos de controle e segurança de voo. O trabalho de desen­volvimento do produto aeronáutico de voo não tripulado ocorre há cerca de 4 anos.

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O drone que poderá equi­par a Policia Ambiental, assim como outras forças de segurança, como Policia Federal e as Forças Armadas, pode decolar com até 1.270 quilos e tem capacidade de carga de 250 kg para as mais variadas situações de operações. A Avionics tem 21 anos de experiência no mercado civil e militar e desenvolve e certifica diversos equipamentos militares e civis.

O drone Caçador é muito semelhante a um avião, só que é controlado a distância, pela banda larga SATCOM, via satélite

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A Polícia Militar Ambien­tal do Estado de São Paulo realizou testes, no início de março, com um drone produzido em Botucatu, pela empresa Avionics Services do Brasil, desen­volvido em parceria com a IAI – Israel Aeroespace Industries Ltd, modelo Caçador, baseado no UAV Heron. Os testes foram realizados na região da represa do Rio Bonito e simulou operações de identificação de veículos durante o dia e a noite.

O drone Caçador é dife­rente dos drones usados em Botucatu pela Guarda Civil Municipal. O Caça­dor precisa de pista de pouso e decolagem, pois o aparelho é do tamanho de um avião de porte pe­queno.

A cabine digital pode ficar até 1.000 km de distância.

O drone vem sendo de­senvolvido em Botucatu, na sede da empresa, no Aeroporto Tancredo Ne­ves. Além da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, a Avionics também negocia com as Forças Armadas e com a Polícia Federal a venda de unida­des.

Ele é muito semelhante a um avião, só que é con­trolado a distância, pela banda larga SATCOM, via satélite, com captação e transmissão de imagens e dados de uma cabine digi­tal, que pode ficar até mil quilômetros de distância do drone. O Caçador pode voar mais de 40 horas consecutivas a uma altitu­de de 30 mil pés. Segundo divulgou a Polícia Militar Ambiental, o equipamen­to poderá cobrir o Estado de São Paulo com seus 246.209 quilômetros qua­drados de área.

Nos testes feitos em Botucatu, o equipamento utilizou câmeras de longo alcance com imagens de infravermelho e termo­gráfico, podendo gravar a noite e identificar pessoas cometendo atos infracio­nais e criminosos, usando modelos georreferencia­dos e tridimensionais de terras, estruturas, cons­truções e terrenos. O apa­relho é usado em diversos países como equipamento de espionagem e seguran­ça de fronteira.

A Polícia Ambiental in­formou que o uso do equi­pamento está em testes, mas considerou na nota divulgada à imprensa, ser possível utilizar o drone na corporação. Durante a operação em Botucatu foi localizada uma opera­ção suspeita à noite, com um trator às margens de um leito de água, área de proteção ambiental, e mo­vimentações de barcos em situação costeira duvido­sa, na represa do Rio Boni­to, entre Botucatu e Dois Córregos.

Completando a opera­ção de testes, após identi­ficados os casos suspeitos, uma equipe em terra este­ve no local apontado pelas coordenadas georreferen­ciadas e identificou que o trator flagrado no teste não tinha autorização para operar naquele local.

Fonte: Jornal Leia Notícias – Por Haroldo Amaral

 

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