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Pela segunda vez consecutiva, os Emirados Árabes Unidos registraram uma temperatura histórica para o mês de maio. No sábado (24), a cidade de Sweihan, próxima a Abu Dhabi, atingiu impressionantes 51,6°C, conforme divulgado pelo Centro Nacional de Meteorologia (NCM). A marca fica a apenas 0,4°C do recorde absoluto do país, registrado em 2010 com 52°C na Ilha Al Yasat.
Na sexta-feira (23), Abu Dhabi já havia surpreendido com 50,4°C, superando o antigo recorde de maio, que era de 50,2°C e datava de 2009.
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Enquanto isso, em Dubai, motoristas relatavam que o ar-condicionado dos carros mal dava conta de enfrentar o calor sufocante, que chegou aos 45°C do lado de dentro. Nas ruas, o movimento seguiu intenso, com pessoas usando guarda-sóis e bares de sucos aproveitando a explosão na demanda por bebidas geladas, segundo a AFP.
Os Emirados, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e anfitriões da COP28 em 2023, estão entre as regiões mais quentes do planeta — e agora, entre as mais vulneráveis à mudança climática. O mês de abril já havia sido o mais quente da história no país, com uma média de 42,6°C.
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De acordo com um estudo da Greenpeace, o Oriente Médio está aquecendo quase duas vezes mais rápido que a média global, o que coloca em risco crítico a segurança hídrica e alimentar da região.
Segundo cientistas, o aumento de ondas de calor intensas e recorrentes é uma consequência direta do aquecimento global. Isso traz implicações para toda a sociedade.
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que mais de 83% dos trabalhadores ao ar livre nos países árabes enfrentam exposição excessiva ao calor.
Em 2023, mais de 1.300 peregrinos morreram durante o Hajj, em Meca, devido à exposição prolongada ao calor extremo.
