10 de outubro, 2025

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Embraer quer disputar mercado bilionário na defesa aérea com cargueiro C-390

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O mercado de defesa aérea deve movimentar 60 bilhões de dólares nos próximos 20 anos. A Embraer, fabricante brasileira de aviões, aposta no avião cargueiro C-390 para disputar o mercado de transporte militar.

Nesta semana, a Embraer divulgou um acordo para venda de quatro cargueiros C-390 para a Suécia. O contrato também inclui sete opções de compra adicionais.

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Com quase 12 metros de altura, 35 de comprimento e envergadura, o C-390 é considerado um avião de defesa multimissão com capacidade de transportar até 26 toneladas.

O modelo pode ser usado para buscas e salvamento, evacuação médica, entre outras operações especiais. No Brasil, o cargueiro já foi usado para combater incêndios no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, e levou ajuda humanitária para Ucrânia e Líbano.

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O avião é um projeto da Força Aérea Brasileira desenvolvido pela Embraer e vem ganhando mercado. Desde 2019, ano em que a primeira unidade foi entregue ao Brasil, outros 10 países já selecionaram o cargueiro.

Brasil, Portugal e Hungria já voam com ele. Holanda, Áustria, Coreia do Sul, Republica Tcheca, um cliente não revelado e agora a Suécia, fizeram encomendas. Até o momento, Lituânia e Eslováquia negociam a aquisição.

“É um avião que você pode fazer operações de transporte pela manhã e reabastecimento aéreo de caças no período da tarde, simplesmente transformando as missões em poucas horas. Essa versatilidade e flexibilidade do produto têm chamado muito a atenção dos países da OTAN e de outros países ao redor do mundo”, disse Bosco da Costa Jr., CEO de Defesa e Segurança da Embraer.

Puxados pelo desempenho do cargueiro, os resultados do segmento de defesa da Embraer também têm sido expressivos. O valor da carteira de pedidos mais que dobrou no último ano, saltou de 2,1 bilhões de dólares no 2° trimestre de 2024 para 4,3 bilhões de dólares este ano. Veja:

  • Carteira de pedidos em defesa e segurança:
  • 2° trimestre de 2024: US$ 2,1 bilhões
  • 2° trimestre de 2025: US$ 4,3 bilhões — + 104%

E a Embraer projeta ampliar ainda mais o mercado do C-390 nos próximos 20 anos. Isso porque a companhia estima uma demanda de 500 aviões cargueiros em todo o mundo no período, com a substituição de unidades antigas do C-130, um avião americano que é o principal competidor do modelo brasileiro.

“O KC consegue carregar 26 toneladas, enquanto o Hércules por volta das 20 toneladas. O KC voa muito mais rápido, por ser um avião equipado com motores a jato, então o avião performa muito mais, entrega muito mais valor para as forças aéreas ao redor do mundo”, completou Bosco.

Além de conquistar mercado na Europa, a Embraer disputa a venda de até 80 cargueiros para Índia e nos Estados Unidos, onde já anunciou que pretende investir até 500 milhões de dólares na produção local caso a compra seja confirmada.

“Muitas vezes ou quase sempre, as aquisições na área de defesa são vinculadas a aspectos geopolíticos, então você ter uma conquista no momento atual, diante de concorrentes tão fortes e tradicionais, significa muito”, disse Júlio Shidara, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil.

KC-390 é o maior avião já produzido no Brasil (Foto: Embraer/Divulgação)
Cargueiro C-390, da Embraer — Foto: Embraer/Divulgação
KC-390 é o maior avião já produzido no Brasil (Foto: Embraer/Divulgação)
KC-390 é o maior avião já produzido no Brasil (Foto: Embraer/Divulgação)
KC-390 é o maior avião já produzido no Brasil (Foto: Embraer/Divulgação)

Fonte: G1

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