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A Embraer anunciou, nesta quinta-feira (14), que negocia novas ações na bolsa de valores dos Estados Unidos e iniciou também a comercialização na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa de valores brasileira. O objetivo é arrecadar fundos para investir no projeto do ‘carro voador’ da Eve, subsidiária da empresa aeroespacial.
A emissão das ações soma um valor total de US$ 230 milhões, que equivale a cerca de R$ 1,2 bilhão no câmbio atual. A venda de cada ação está disponível nas plataformas financeiras a R$ 26,21. Segundo a empresa, o fechamento da operação está previsto para esta sexta-feira (15).
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A operação é fruto de um investimento de R$ 450 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 750 milhões de um grupo de investidores financeiros e R$ 108 milhões da própria Embraer.
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O objetivo com a chamada ‘listagem dupla’ – venda de ações tanto na bolsa do Brasil quanto na bola dos Estados Unidos – é captar dinheiro no mercado para subsidiar as operações dos eVTOLs (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical).
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“Esse investimento é muito importante para que a gente continue avançando no desenvolvimento do nosso veículo, um projeto de alta tecnologia e desafiador”, afirma o vice-presidente de finanças da EVE, Eduardo Siffert Couto.
Com o valor arrecadado, a empresa deve pagar serviços, financiar operações, amortizar dívidas e fazer investimentos estratégicos, como na fábrica de Taubaté (SP) que vai produzir os carros voadores.
“A planta de produção dos eVTOLs vai ser em Taubaté. É uma planta modular, que começa com 120 eVTOLs por ano e depois cresce para 240, podendo até chegar a 480 por ano. Então parte do recurso vai ser usado no desenvolvimento e preparação da planta de Taubaté”, completa Couto.
De acordo com o BNDES, o investimento do banco é uma estratégia de apoio à economia verde e à inovação nacional.
“A gente acredita no projeto e, à medida que ele deslanche, com o carro voador elétrico, sem ruído, e que vai voar 100 quilômetros com autonomia, o BNDES vai ganhar e crescer junto”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A expectativa é que o eVTOL seja testado até o fim deste ano, com as operações certificadas até 2027.
O chamado ‘carro voador’ tem capacidade para cinco pessoas e autonomia de 100 quilômetros, o que permite cobrir trajetos urbanos curtos, como conexões entre cidades e centros comerciais, por exemplo.
Segundo a Eve, já foram feitas cerca de três mil encomendas dos eVTOLs, que atualmente passam por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil, (Anac).

Fonte: G1