24 abril, 2024
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Na segunda noite da Convenção Nacional do Partido Democrata, nesta terça-feira (18) Joe Biden foi formalmente indicado como o candidato democrata que vai disputar a presidência dos Estados Unidos contra Donald Trump nas eleições de 3 de novembro.
Após a noite de abertura, em que se destacaram os discursos da ex-primeira-dama Michelle Obama e do senador Bernie Sanders, alertando para o “caos” e a “ameaça à democracia” que representariam a reeleição de Trump, a segunda noite tem como convidados dois ex-presidentes e a mulher de Biden, que atua como sua conselheira política.
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No discurso principal da noite, a mensagem central foi a de um chamado para o futuro do Partido Democrata, com a participação de 17 membros em ascensão, como a ex-candidata ao governo da Geórgia, Stacey Abrams, que chegou a ser cogitada por Biden para ser sua vice, Jonathan Nez, presidente da Nação Navajo, e Robert Garcia, que nasceu no Peru e foi o primeiro prefeito assumidamente gay da cidade de Long Beach, na Califórnia, entre outros.
“Há uma pessoa que está cuidando de nós – todos nós”, disseram, juntos, ao final da mensagem. “E ele é Joe Biden”.
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Para falar sobre liderança na Casa Branca, foram convidados Caroline Kennedy, ex-embaixadora dos EUA e filha do presidente John Kennedy, e Jack Schlossberg, neto de JFK, além dos ex-presidentes Jimmy Carter e sua esposa Rosalynn e Bill Clinton.
“Donald Trump diz que estamos liderando o mundo. Bem, somos a única grande economia industrial a ter sua taxa de desemprego triplicada. Em um momento como este, o Salão Oval deveria ser um centro de comando. Em vez disso, é um centro de tempestade. Existe apenas caos. Só uma coisa nunca muda – sua determinação em negar responsabilidade e transferir a culpa. Ele nunca assume”, afirmou Bill Clinton.
“Nosso partido está unido para oferecer a vocês uma escolha muito diferente: um presidente que vai trabalhar. Um cara pé no chão, que faz o trabalho. Um homem com uma missão: assumir responsabilidades, não transferir a culpa; concentrar, não distrair; unir, não dividir. Nossa escolha é Joe Biden”, disse.
A exemplo da noite inicial, mais uma vez nomes influentes do Partido Republicano apareceram apoiando Biden. Desta vez, a primeira a falar foi Sally Yates, ex-procuradora-geral que entrou em confronto com Trump durante sua passagem pelo Departamento de Justiça.
“Desde o momento em que o presidente Trump assumiu o cargo, ele usou sua posição para beneficiar a si mesmo e não ao nosso país”, disse Yates. “Ele está até tentando sabotar nosso serviço postal para impedir que as pessoas votem. Nosso país não pertence a ele. Pertence a todos nós”, acrescentou.
Em um vídeo, o ex-secretário de Estado republicano Colin Powell afirmou que pretende votar no democrata porque é preciso “restaurar valores à Casa Branca”.
Além deles, Cindy McCain, viúva do senador John McCain, gravou um vídeo falando da aparentemente improvável amizade entre os dois políticos de partidos adversários.
Em 2008, McCain disputou com Barack Obama – de quem Biden foi vice – a presidência dos EUA. Mas Cindy focou a forte relação dos dois: “Meu marido e o vice-presidente Biden tinham uma amizade de mais de 30 anos antes de servirem juntos no Senado, então tive a honra de aceitar o convite da campanha de Biden para participar de um vídeo celebrando seu relacionamento”.
Tanto Biden, o mais votado nas primárias estaduais, quanto o senador Bernie Sanders foram indicados nesta terça, no que os organizadores esperam ter sido um “momento unificador” para o partido.
Pelas regras da convenção, mesmo tendo desistido de sua campanha e declarado apoio a Biden, como segundo mais votado nas primárias, Sanders também foi indicado e teve seus votos computados. Por isso, a deputada Alexandria Ocasio-Cortez e Bob King, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Automotivos, foram chamados para fazer uma apresentação oficial do senador.
A votação remota foi programada para ser bem mais rápida que a tradicional, mantendo a chamada dos 57 estados e territórios por ordem alfabética, mas pulando Delaware. O estado de Biden ficou para o final da lista para que os votos do governador John Carney e do senador Tom Carper fossem, simbolicamente, os “decisivos” que selaram sua candidatura.
O discurso de aceitação de Biden, porém, será realizado apenas na quinta-feira, última noite da convenção.
Joe Biden fala com eleitores sobre política de saúde pública durante a segunda noite da Convenção Nacional Democrata, na terça-feira (18) — Foto: Reprodução/Youtube/demconvention
Em uma noite cujo tema principal foi “Liderança importa”, Biden discute com eleitores suas propostas de saúde pública, e o ex-secretário de Estado John Kerry fala sobre o plano do candidato para o setor de segurança nacional e suas relações internacionais.
“A bússola moral de Joe sempre apontou na direção certa, desde a luta para acabar com o apartheid até a luta para acordar o mundo para o genocídio nos Bálcãs. Joe entende que nenhuma das questões deste mundo – nem as armas nucleares, nem o desafio de reconstruir melhor após a Covid, nem o terrorismo e certamente não a crise climática – nada pode ser resolvido sem reunir as nações”, disse Kerry.
Fonte: G1
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