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Eles são companheiros, parecem entender exatamente aquilo que você sente. Enchem sua casa de amor e carinho, fazendo a maior festa com sua chegada – mesmo que você tenha passado apenas dez minutos longe. Mais do que amigos, são membros da família. E, assim como os humanos, os cães também dormem, comem, descansam, brincam e envelhecem.
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Ao chegarem por volta dos OITO ANOS, os peludos já inspiram cuidados especiais e um olhar diferenciado para a sua saúde, alimentação e rotina caseira. “Quanto menor for o cão, mais tempo ele vai viver e, quanto maior ele for, menos tempo”, explica o médico veterinário e psicanalista MARCOS FERNANDES.
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UM OLHAR MAIS CUIDADOSO
O envelhecimento dos cães se parece com o de seus tutores. Com o passar do tempo, eles ficam mais sedentários, menos disponíveis para brincadeiras, aumenta a sonolência e a perda ou ganho de peso, sentem mais frio e sofrem com processos degenerativos nas articulações, principalmente da coluna.
“A DOR NÃO PASSA. Eles têm uma sensibilidade maior. Mudanças climáticas agudas fazem com que o animal fique mais sensível”, aponta Fernandes, que recomenda o uso de anti-inflamatórios e analgésicos como parte do tratamento. “A homeopatia, a medicina tradicional chinesa e a acupuntura também ajudam”.
Os cachorros idosos, assim como os filhotes, também possuem RAÇÕES ESPECÍFICAS para a idade. “Elas são balanceadas, com valores nutricionais diferenciados, de acordo com a necessidade do organismo”, explica a médica veterinária GISLAINE MATTOS, do Centro Veterinário Pet Center Marginal/Petz. Segundo a profissional, quem oferece ao animal uma alimentação natural deve buscar orientação médica para direcionar as proporções, as quantidades e frequência das refeições.
Nesta fase, as visitas ao veterinário devem ser realizadas A CADA SEIS MESES, se o bichinho estiver saudável. Caso eles apresentem patologias que demandem atenção e tratamento, as visitas ao especialista serão mais frequentes. “O foco é a PREVENÇÃO DAS DOENÇAS que podem acometê-los. São feitos exames de sangue, análise de rins, fígado, da parte hormonal. É preciso ficar de olho em imagens, na formação de tumores. Ou seja, atentos a tudo. Queremos que eles tenham QUALIDADE DE VIDA. Isso é o principal”, fala Gislaine.
ELES NÃO FALAM, MAS SENTEM
OBSERVAR o comportamento do seu cão é essencial. Como ele não possui a habilidade de contar em palavras o que está sentindo, será por meio das atitudes que você vai notar se existe algo errado com ele. “A grande maioria das patologias desenvolvem sintomas que nem sempre são associados a demonstrações de dor”, explica a veterinária.
Fernandes afirma que, quando o animal sente dor, ele deixa de comer, fica mais tempo parado, hesita caminhar e pode até gritar. “Depende da intensidade do quadro doloroso”. Portanto, tenha paciência com seu peludo e busque compreender que as alterações comportamentais não são apenas uma característica da idade avançada, elas podem ter outros significados.
Algumas patologias costumam a aparecer nesta faixa etária. “Identificamos alterações visuais (como cataratas e olho seco) insuficiência renal crônica, doenças articulares, cardiopatias e tumores”, fala Gislaine. Os tratamentos buscam não agredir o animal, a intenção não é a cura e, sim, o controle. “A MEDICINA VETERINÁRIA EVOLUIU MUITO e, hoje em dia, é difícil sacrificar um paciente. Você consegue dar uma qualidade de vida boa para eles”.
Outra alteração importante e que deve ser vista carinhosamente pelos tutores é nos sentidos. Se o seu cachorro, ao andar pela casa que ele conhece tão bem, está se debatendo nas paredes e nos móveis ou apresenta dificuldades para subir e descer escadas, tente deixar o ambiente o mais confortável possível para ele. Mude o local da comida, aproxime a caminha dele e dê muito amor para o seu velho amigo.
Fonte: Daquidali