20 de dezembro, 2025

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Elefanta de 44 anos que veio da Argentina morre em santuário no Brasil

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O Santuário de Elefantes Brasil (SEB), localizado na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, anunciou a morte da elefanta africana Kenya. O animal, de 44 anos de idade, faleceu na quarta-feira (17), dois meses após a morte de outra elefanta que vivia no local, chamada Pupy.

Em comunicado nas redes sociais, o SEB informou que as duas mortes não parecem estar relacionadas. Disse ainda que necrópsias foram realizadas nos dois casos.

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O santuário salientou que Kenya, antes de ser transferida da Argentina em julho, conviveu por décadas com diarreia crônica, além de uma dieta inadequada, infecções crônicas nos dentes (presas) e ausência de cuidados médicos.

“Por meio de radiografias, ficou imediatamente evidente que ela sofria de osteomielite severa, com a ausência do último dígito em grande parte de seus dedos, além da perda do segundo dígito do dedo externo de suas patas dianteiras. O cotovelo que vinha causando desconforto e apresentava sinais claros de mau funcionamento mostrou evidências de degradação articular crônica, com líquido sinovial anormal, que ainda será analisado”, disse a organização.

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Kenya, no santuário brasileiro (Foto: Reprodução/Redes sociais)

E acrescentou: “Havia nódulos, úlceras, um grande cisto e outros problemas envolvendo diferentes órgãos da cavidade abdominal. No entanto, a questão mais significativa estava em seus pulmões, que, segundo o patologista – avaliação reforçada por imagens analisadas por um veterinário especializado em grandes animais – indicava alta probabilidade de tuberculose. A doença estava em estágio avançado, com infiltrações granulares em ambos os pulmões, além de colapso alveolar. Todos os achados macroscópicos de relevância médica eram crônicos, o que indica que se tratava de uma condição presente antes de sua chegada ao Brasil”.

Kenya começou a apresentar sinais de problemas de saúde na semana passada. Ela estava com uma condição articular na pata dianteira direita e, logo depois, os tratadores notaram que sua respiração parecia um pouco diferente. “Como elefantes costumam mascarar doenças, iniciamos imediatamente injeções de antibiótico”, relatou o SEB.

No dia seguinte ao início do tratamento, ela apresentou uma melhora. Mas logo piorou. Segundo o santuário, ela não conseguia mais se deitar. Apenas na noite anterior à sua morte, conseguiu. No dia seguinte, “sua respiração mudou e ela soltou um suave trombetear de filhote enquanto partia de forma rápida e tranquila”, contou a organização.

Em uma homenagem postada nas redes sociais, o santuário afirmou ainda que “a cada dia que passava, testemunhamos Kenya se reconectando cada vez mais com sua essência de elefante e com a natureza” e que “Kenya encontrou um lugar aconchegante no coração de todos nós, e vamos guardar esse calor com carinho por muitos e muitos anos”.

“Ainda conseguimos imaginá-la fazendo seus pequenos ‘passos de dança’ e emitindo seus sons engraçados, sendo o espírito grande e belo que nos inspirou a chamá-la de ‘nossa dragão’. Há um vazio imenso no santuário — talvez um dos maiores que já sentimos”, completou o SEB.

Kenya durante o curto período em que viveu no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), depois de vir da Argentina com diversos problemas de saúde (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Fonte: Um Só Planeta

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