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A elefanta Bambi desembarcou no Santuário de Elefantes do Brasil, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, na tarde deste sábado (26). Ela saiu do zoológico de Ribeirão Preto (SP) na quinta-feira (24) e viajou por 1.270 quilômetros até chegar a Mato Grosso.
A nova casa de Bambi tem 28 hectares divididos entre riacho, lago, árvores e um espaço com lama. Logo na chegada, a elefanta jogou terra pelo corpo e, em seguida, água para refrescar. Ela também se alimentou com folhas de algumas árvores localizadas dentro do recinto.
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“Hoje ela passará sua primeira noite em seu novo lar, com sua nova família. Estamos muito emocionados, porque, após um longo processo de trabalho, Bambi está prestes a iniciar a vida que sempre deveria ter sido sua”, declara o Santuário, em nota, nas redes sociais.
Durante a viagem, foram feitas cinco paradas para que Bambi se alimentasse e as condições de saúde fossem avaliadas.
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Segundo o Santuário, não houve problemas durante o percurso. A equipe que a acompanhou afirmou que essa foi uma das viagens mais tranquilas em comparação com as outras elefantas transportadas ao longo dos anos.
Bambi é a 7ª moradora do Santuário de Elefantes do Brasil. Guida e Maia foram os primeiros elefantes do santuário e chegaram em Mato Grosso em outubro de 2016. Também já viveu no local a elefanta Ramba, que morreu em dezembro do ano passado. Guida morreu em junho, também no ano passado.
Atualmente, além de Maia, vivem no local Rana, Lady, Mara e agora a Bambi.
Trajetória de Bambi
Bambi, de 58 anos e 3,7 mil quilos, é cega do olho esquerdo e tem problemas na mandíbula. O animal passou parte da vida no Circo Stankowich e morou no zoológico de Leme (SP) antes de ser levado a Ribeirão Preto. Na cidade, dividiu espaço com Maison, elefanta da mesma espécie que vive no recinto desde 2013.
Há seis anos, equipes do zoo iniciaram o processo de pareamento entre as duas, mas identificaram que Bambi se sentia dominada e acuada por Maison. Por isso, as elefantas se revezavam para utilizar o pátio externo do espaço destinado a elas.
Segundo o bosque de Ribeirão Preto, a aproximação dos animais só começou a apresentar sinais positivos em março deste ano, após reformas e adaptações no recinto.
Esse foi um dos motivos que levou o Santuário a iniciar as negociações para ter a tutela de Bambi, em 2018. O imbróglio também foi parar no Ministério Público e um inquérito foi aberto.
Campanha
No início de setembro, o Santuário lançou uma campanha de arrecadação de fundos para viabilizar a transferência de Bambi ao Mato Grosso.
Segundo a entidade, a ‘Bambi, vem pra manada’ conseguiu levantar R$ 150 mil em doações, sendo dois terços desse valor oriundos de ajudas estrangeiras.
O dinheiro foi usado para o transporte do animal, além de cuidados veterinários e compra de medicamentos e alimentação pelos próximos seis meses.
Fonte: G1